Capitão celeste em 1997, Gottardo quer ser vilão por um dia

Henrique André - Hoje em Dia
20/03/2016 às 08:24.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:11

(Sergio Falci/hojeemdia/arquivo)

Já imaginou um estádio de futebol com o dobro de moradores de uma das cidades mais importantes do Estado, como Nova Lima? Foi o que aconteceu em 22 de junho de 1997, na final do Campeonato Mineiro entre Cruzeiro e Villa Nova. Naquele jogo, 132.834 torcedores abarrotaram o Mineirão e viram o time da capital vencer por 1 a 0, gol de Marcelo Ramos, e conquistar o título. No gramado, o zagueiro e capitão celeste, Wilson Gottardo, teve a missão de erguer o troféu, após o apito final do árbitro Marco Antônio Cunha.

Às 16h deste domingo (20), quase 20 anos depois do confronto, Gottardo retorna ao Gigante da Pampulha para novamente ser um dos principais personagens do encontro entre celestes e alvirrubros; porém, desta vez, como treinador do Leão do Bonfim.

Aos 52 anos, o paulista nascido em Santa Bárbara d’Oeste tentará desbancar o líder do Mineiro e continuar dentro do G-4. A partida vale pela oitava rodada do Estadual.

Apesar de confiar numa vitória em Belo Horizonte, o treinador do Villa sabe que não terá vida fácil no jogo de logo mais. “Temos 58 dias de trabalho. É pouco tempo e ainda estamos em formação. O Cruzeiro já tem uma equipe base desde o ano passado”, pondera Gottardo.

Guardado na memória

Sobre o jogo de 1997, quando defendia o clube da capital, ele diz não tirá-lo da memória. Inclusive, ao andar pelas ruas de Nova Lima, Gottardo é abordado por torcedores e até ex-jogadores do Leão que estiveram em campo naquele dia.

“O Milton (ex-atacante) veio conversar comigo sobre isso outro dia. O momento do Villa era excelente. Sempre foi uma equipe muito competitiva”, conta o técnico. “É um clube de muito prestígio e reconhecimento. É mais respeitado fora do que dentro de Nova Lima”, acrescenta.

Satisfeito com a dedicação dos jogadores do elenco atual, Gottardo espera que a classificação para o mata-mata do Mineiro seja ratificada, por merecimento. “O Villa hoje é um time que, se for por merecimento de trabalho, tem que entrar na fase seguinte. Ser campeão é outra história”, comenta o comandante.

Sobre a relação com os veteranos do Leão, como meia Mancini e o atacante Fábio Júnior, Wilson garante ser a melhor. Segundo ele, os atletas treinam na mesma intensidade dos garotos.

Tudo pelo topo

Do lado celeste, vencer o Villa Nova e chegar aos 20 pontos é o objetivo. Segundo o meia Arrascaeta, para permanecer no topo da tabela, o time trabalhou dobrado durante a semana. “O trabalho foi muito intenso nos últimos dias. Já conhecemos o time do Villa Nova, pois o s enfrentamos na pré-temporada. Temos que estar preparados, pois vai ser muito difícil”, afirma o uruguaio.

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