As portas do Mineirinho foram oficialmente abertas para Sada/Cruzeiro e Sesi-SP. As equipes disputam no ginásio, no domingo (13), às 10 horas, a final da Superliga Masculina de Vôlei 2013/14. Na quinta-feira (10), ambas treinaram, pela manhã e à tarde, com a finalidade de se ambientar ao local.
Os visitantes fizeram algo inusitado no início da preparação. Colocaram a bola no chão e disputaram o tradicional “rachão” do futebol para descontrair, depois de um dia desgastante de treinos e viagem. Após a “pelada”, o time paulista trabalhou bastante o saque.
O meio de rede Sidão, líder na estatística de bloqueio, explica o motivo. “A primeira coisa que temos que fazer é sacar muito bem. Uma equipe com o potencial de ataque que o Cruzeiro tem nos leva a ter que tirar o passe da mão deles. Consequentemente, o saque entrando, nosso bloqueio vai trabalhar muito bem”, ressalta.
E isso é o que eles fazem de melhor: o Sesi tem o segundo bloqueio mais eficiente da Superliga, com 23,38% de aproveitamento. Sidão ainda diz que está feliz em voltar a disputar um título no Mineirinho que, segundo ele, só lhe traz boas recordações. “De três finais aqui, ganhei duas. O Mineirinho me dá sorte”, afirma.
Estrutura
Após três anos sem receber uma partida de vôlei, o “Gigantinho” da Pampulha volta ao cenário de forma majestosa, palco de uma decisão nacional. Porém atletas e técnicos observam que o ginásio era melhor. “O Mineirinho é um lugar bacana, templo do vôlei. É histórico. Mas encolheu. Eu joguei aqui com 25 mil pessoas”, lembra o líbero do Cruzeiro, Serginho.
Para essa decisão, foram colocados à venda apenas 14.300 ingressos. “Em um ginásio deste tamanho, faz pouco barulho. É um desperdício”, lamenta ele, que destaca também que, em 2011, o time jogou a final da Superliga no mesmo lugar, com 16 mil torcedores apoiando.
O central do Sesi, Lucão, compartilha da impressão. “É um ginásio místico. Todo mundo quer jogar uma final aqui. Estou tendo esse privilégio, porém achei que nem conseguiria mais devido às condições em que o ginásio se encontra. A gente fica triste, porque reformaram o Mineirão, aqui do lado, e o Mineirinho, que é templo do esporte, está esquecido. É uma parte da história do esporte abandonada”, analisa. “Pelo menos conseguiram montar uma estrutura legal para o jogo”, conclui.