O atacante Carlos, do Atlético, e as redes não se encontravam desde o dia 5 de novembro do ano passado. Naquela noite histórica para os alvinegros em que o Galo goleou o Flamengo, de virada, por 4 a 1, no Mineirão, e carimbou o passaporte para a final da Copa do Brasil diante do Cruzeiro, o jovem de 19 anos marcou seu último gol em partidas oficiais.   A tarde deste domingo (29) começou com a cara de Lucas Pratto. Com poucos minutos de bola rolando, o atacante argentino já tinha criado pelo menos três boas chances de abrir o placar. Pecou nos detalhes. Se o camisa 9 não marcava, falou mais alto o oportunismo de Carlos.   Aos 42 minutos do primeiro tempo, o jogador desencantou. Aproveitou passe preciso de Luan para balançar as redes do Villa Nova e pôr fim ao incômodo jejum de cinco meses. Pouco tempo depois, teve a chance de retribuir o capricho de Luan, mas o companheiro carimbou a trave. Era o prenúncio de uma tarde iluminada para Carlos.   “Eu vinha de uma sequência ruim. Não estava conseguindo marcar. Fico feliz em ter voltado a balançar as redes. Agora é treinar para tentar aproveitar as chances que são criadas durante as partidas”, comemorou, enquanto era abraçado pelos outros jogadores na saída do gramado. Em 2015, Carlos havia marcado gol apenas no amistoso contra o Shakhtar, da Ucrânia, em 21 de janeiro.   No início do segundo tempo da partida deste domingo contra o Leão, Lucas Pratto tentou novamente assumir o protagonismo do jogo entre as equipes centenárias. Logo aos três minutos fez um golaço de cabeça, aproveitando cruzamento certeiro de Marcos Rocha pela direita.   Mas aos 24, voltava a brilhar a estrela de Carlos. O argentino chutou em cima do goleiro de Nova Lima e o baiano aproveitou o rebote para fazer o segundo e fechar a goleada e ser ovacionado nas arquibancadas do Horto. Por muito pouco, Carlos não fez o terceiro pouco tempo depois.   “É o momento para ele aproveitar. Ele tem estrela. Tem que ficar motivado com estes dois gols e deslanchar na carreira”, aconselhou o amigo Marcos Rocha, jogador que já foi bastante contestado pela Massa Atleticana e se tornou um dos melhores laterais do país.   O técnico Levir Culpi também não poupou elogios a Carlos, mas diz que o jovem tem que trabalhar um pouco mais o lado emocional. “Um gol ou uma vitória dão muita confiança a um jogador dessa idade. Precisamos ter muito cuidado com ele e trabalhar melhor o lado emocional. Assim, ele vai poder render ainda mais. Qualidade ele tem”, resumiu o treinador.  

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