(Flávio Tavares)
RIO DE JANEIRO - Trabalhar nos Jogos Olímpicos é novidade para uns e uma vida para outros. No caso dos suíços Hugo e Gabrielle Steinegger-Felli, marido e mulher, rodar o mundo participando do maior evento esportivo do planeta é mais que uma profissão.
Com residência em Crans-Montana, um resort de esqui no sudeste da Suíça, o casal coleciona histórias e se orgulha de poder estar presente no Rio de Janeiro, sede da atual edição olímpica.
Com 72 anos, Hugo há 44 está envolvido no evento, acumulando diversas funções. No currículo do suíço, entre Jogos de inverno e verão, já estão 24 participações (considerando o Rio-2016). A primeira delas foi em 1972 no Japão. Atualmente auxiliando a imprensa pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), ele acredita que o Brasil não fará feio para o restante do mundo.
“O Brasil provou que fez uma boa Copa do Mundo e deve fazer uma boa Olimpíada também. Os brasileiros são muito amáveis e sempre querem nos ajudar”, comenta Steinegger. Atualmente ele é manager esportivo e organiza eventos de esqui alpino. “Sempre tem algum problema. Temos que ser flexíveis, pois serão resolvidos ao longo dos jogos”, acrescenta.
Com menos tempo de evento, mas com o mesmo nível de envolvimento de Hugo, Gabrielle participou pela primeira vez em 1988, no Canadá. Funcionária do Comitê suíço até 1996, hoje, em terras tupiniquins, ela tem o privilégio de trabalhar no mesmo setor do marido.
Trabalhando de 14 a 16 horas por dia, o casal lamenta não poder curtir as atrações da “Cidade Maravilhosa”. Ir a Copacabana ou se arriscar no samba são duas delas. Apaixonados pelo o que fazem, porém, afirmam que esta é uma das coisas que envolve se dedicar aos Jogos Olímpicos.