Cruzeiro, Vasco, pênaltis perdidos, luta contra o rebaixamento, afastamento de jogador pela diretoria. O Caso Thiago Neves tem uma relação muito forte com outra história parecida, a de Edmundo, em 2001, ano em que a Raposa também brigou contra a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Em 3 de outubro de 2001, o Cruzeiro encarou o Vasco em São Januário, local onde voltam a se enfrentar nesta segunda-feira (2), às 20h, fechando a 36ª rodada do Brasileirão.
Em 2001, Edmundo foi uma aposta do Cruzeiro para a disputa do Campeonato Brasileiro, mas acabou afastado do grupo antes do final da competição
Naquele dia, os vascaínos deliraram com um show do centroavante Romário, autor dos três gols na goleada por 3 a 0. E a torcida da casa teve ainda outro motivo para comemorar. A defesa pelo goleiro Hélton de um pênalti cobrado pelo atacante Edmundo, cria do clube de São Januário.
Antes da partida, Edmundo tinha declarado que não gostaria de fazer um gol no ex-clube. A perda da penalidade não foi aceita pelo então presidente Zezé Perrella, que afastou o jogador do grupo. Ele nem voltou com a delegação para Belo Horizonte.
Repetição
Agora, a história é bem parecida. Na última quinta-feira (28), Thiago Neves perdeu um pênalti na derrota de 1 a 0 para o CSA, no Mineirão, e nesse momento um ponto pode decretar a queda cruzeirense para a Segunda Divisão nacional.
Na sexta-feira (29), vazou um áudio enviado por ele ao gestor do futebol cruzeirense, Zezé Perrella, cobrando o pagamento de parte do salário do grupo. Os vencimentos estão atrasados na Toca da Raposa II.
No último domingo (1), a ida de TN10 a um evento de pagode no Mineirão, num momento em que está afastado do time tratando de um edema muscular, foi a gota d’água para a diretoria.
E Zezé Perrella, assim como já tinha feito com Edmundo em 2001, afastou Thiago Neves. Há 18 anos, o Cruzeiro se salvou. Agora, a situação é muito mais complicada.