O capitão da Seleção Brasileira utilizará a camisa número 4 no duelo contra a Argentina, no Mineirão, nesta quinta-feira (10). Daniel Alves será o escolhido da CBF para homenagear o eterno "capita" Carlos Alberto Torres, falecido no dia 25 de outubro. A torcida brasileira também queria prestar o respeito ao líder do time tricampeão mundial, mas não poderá fazê-lo.

Três torcidas organizadas do Brasil se uniram no Mineirão para agitar a festa dos torcedores. O "Núclero BR", o "Movimento Verde e Amarelo" e a "Torcida Canarinho" preparavam 90 minutos de batuques, gritos e homenagens através de uma bandeira com o desenho de Carlos Alberto carregando a Taça Rules Rimet.

Sem grandes explicações por parte da organizadora do evento (a própria CBF), eles não foram autorizados a entrar com a faixa no estádio.

"Na verdade a gente sempre tenta com muita antecedência a autorização para entrar com os materiais, bandeiras e instrumentos musicais. E a gente sempre tem resistência por parte da CBF, sempre, nunca houve uma exceção. disse o torcedor Carlos Madeira, de 31 anos, idealizador do Núcleo BR.

Madeira ainda explicou que houve um contato prévio com o Batalhão de Eventos da Polícia Militar de Minas Gerais para a liberação dos instrumentos musicais. Ele ainda lembrou que a torcida não tem nenhuma barreira em outros países da Conmebol para "alentar" a Seleção Brasileira. Apenas em território nacional acontece os vetos.
 
"Diferente do Brasil, sempre podemos entrar nos outros países com bandeira, instrumentos musicais. Entramos em contato por email para o chefe do Batalhão de Minas, e eles repassam à CBF. Não vieram nenhuma resposta. Conseguimos o contato de um cara da CBF, Thiago (Jannuzzi), que simplesmente disse que não estávamos autorizados a usar as bandeiras".

Na página do Núclero BR no facebook, o movimento publicou uma nota de repúdio à atitude da Confederação Brasileira. Os torcedores, porém, prometem não desanimar e já vislumbram novas homenagens.

"Hoje nós estamos com duas homenagens, ao Garrincha e ao capita. Temos outras bandeiras de outros esportistas nacionais, como Senna, Zagall e pretendemos fazer também o da Marta. Tudo em forma de nunca esquecer o que os ídolos fizeram com a gente".

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