Clássico que é clássico reune bons ingredientes para movimentar os torcedores. O deste domingo, às 16 horas, no Mineirão, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, não foge à regra. O jogo terá um sabor especial pela volta do duelo, válido por uma edição de Série A, à sua casa.
Quase quatro anos depois, Cruzeiro e Atlético brigarão por três pontos na tabela do Nacional no Gigante da Pampulha. O estádio fechou as portas em junho de 2010, para uma reforma significativa de suas instalações.
Além desse “tempero”, a Raposa tentará alcançar uma marca histórica. O time estrelado está a um “degrau” de igualar o número de vitórias do Galo, em jogos do Brasileiro, no Mineirão.
Os rivais já ficaram 50 vezes frente a frente no maior palco do futebol mineiro na competição. O Galo tem 17 vitórias, uma a mais que o rival. Foram 17 empates.
Para completar, a quantidade de bolas na rede reforça o equilíbrio. São 60 a favor do Atlético e 58 do Cruzeiro.
O último clássico disputado na Pampulha aconteceu em 12 de outubro de 2009, pelo returno da Série A. Os cruzeirenses comemoraram o suado 1 a 0, gol de Wellington Paulista, aos 11 minutos do primeiro tempo. O resultado, conquistado diante de 45 mil torcedores, ajudaria a Raposa a sacramentar o episódio conhecido como o da “flanelinha”. Os comandados do técnico Adilson Batista superaram o “inimigo íntimo” na classificação e garantiram uma vaga na Copa Libertadores de 2010.
Duelos Épicos
De 1967 a 2009, Atlético e Cruzeiro se encararam sempre no gramado do Mineirão. Assim, a Pampulha abrigou duelos épicos dos eternos concorrentes.
A metade alvinegra de Minas certamente deve ter na lista de jogos favoritos as quartas de final do Brasileirão de 1999. O Galo, que se classificou em sétimo, pegou a segunda, e favorita, Raposa.
A dupla de ataque, formada por Marques e Guilherme, brilhou, e o Atlético eliminou o rival com duas vitórias: 4 a 2 e 3 a 2. Os alvinegros chegaram à decisão diante do Corinthians, mas acabaram lamentando o vice.
Na temporada seguinte, o lado azul devolveu os revezes com uma virada inesquecível. Pela Copa João Havelange, em 30 de setembro de 2000, o Atlético abriu 2 a 0 no placar. Porém, o Cruzeiro reverteu a situação e impôs fantásticos 4 a 2, com gols de Fábio Júnior (2), Oséas e Sorín.
No banco de reservas, duas “feras’ comandavam os times: Parreira, pelo Atlético, e Luz Felipe Scolari, no Cruzeiro.