Na Primeira Liga, o principal desafio é o de consolidar o campeonato, cuja primeira temporada, marcada pelas dúvidas, alguns confrontos com a CBF e as federações, serviu como um grande teste e viu a consagração do Fluminense, então com Levir Culpi.
E é exatamente o tricolor que terá a honra de abrir a competição, recebendo terça-feira o Criciúma no mesmo local da conquista: o Estádio Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora. Como no caso da Libertadores, a competição, que ano passado se desenrolou paralela aos estaduais, teve sua duração estendida e confirmará o novo campeão no começo de outubro.
O que surgiu como uma Liga Minas/Rio/Sul administrada pelos clubes, que assumem as tarefas de organização e comercialização da publicidade e dos direitos de transmissão pela TV (e bons prêmios em dinheiro), começa a interessar equipes de outras regiões, como o Ceará, uma das novidades desta edição, ao lado de Brasil-RS, Londrina e Chapecoense.
A Chape, aliás, fará na competição sua primeira partida oficial desde a tragédia de Medellín (em que morreram 71 intregrantes da delegação que seguia para a decisão da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional). Na quinta-feira, receberá o Joinville na Arena Condá, no que promete ser um momento de grande emoção.
E a tabela acabou proporcionando o primeiro clássico mineiro da temporada. Cruzeiro e Atlético estão no mesmo grupo (o C) e estreiam dia 1º no Mineirão, trazendo de volta a presença das duas torcidas depois de quatro anos. O América estreia antes: quinta-feira recebe o Ceará no Independência.
Com o aumento no número de participantes, o caminho rumo ao troféu também ficou mais longo. Se no ano passado os líderes dos três grupos e o melhor segundo colocado avançavam diretamente à semifinal (em jogo único), desta vez haverá os confrontos pelas quartas de final – os dois primeiros de cada chave avançam, com vantagem do mando de campo para os líderes. A partir daí, mantém-se o regulamento de 2016.
PÚBLICO
A expectativa dos clubes (o comando da Liga segue com Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro) é de que a boa média de público da edição inicial seja superada. Com vários clássicos estaduais na tabela em um começo de temporada (o que é motivo de curiosidade e interesse extra para o torcedor), a meta é bater os quase 12 mil torcedores que foram a campo por jogo – inferior apenas à Libertadores e ao Brasileiro.
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