COI critica Comitê Rio-2016 e diz que atletas estão 'nervosos'

Estadão Conteúdo
03/08/2016 às 20:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:09
 (AFP PHOTO / RIO 2016 OLYMPIC COMMITTEE/Andre MOURAO)

(AFP PHOTO / RIO 2016 OLYMPIC COMMITTEE/Andre MOURAO)

O Comitê Rio-2016 é bombardeado por críticas do Comitê Olímpico Internacional (COI), às vésperas do início da Olimpíada e admite: "vai chacoalhar". Nesta quarta-feira (3), a entidade máxima do movimento olímpico atacou os planos de transporte, segurança, acesso aos locais de eventos, finanças e poluição, além de alertar que partes das obras estão atrasadas. O Comitê Rio-2016 reconheceu os problemas, indicou que parte das obras somente serão concluídas quando o evento já começar e admite que está sendo obrigada a cortar serviços diante dos problemas financeiros.

O COI dedicou parte de sua reunião anual para ouvir o último informe do Comitê Rio-2016 sobre o evento. Mas, no lugar de um encontro tranquilo, a reunião evidenciou a crise entre os organizadores, com cenas como a do CEO do Rio-2016, Sidney Levi, literalmente correndo dos jornalistas e se recusando a explicar os problemas enfrentados. "Salve-me, salve-me", dizia.

O presidente do COI, Thomas Bach, admitia: "é prematuro fazer elogios e é cedo para comemorar". Nesta quarta-feira, um a um, os membros do COI criticaram o Rio-2016. Para eles, o problema central era o acesso ao Parque Olímpico. "Filas muito, muito, muito longas têm se formado, com espera de até 45 minutos e nem começamos o evento. Isso poderá criar muita frustração", alertou.

Outra fonte de reclamação é o trânsito. "Há muito tempo perdido, deixando atletas e treinadores nervosos. Eles precisam chegar na hora para treinos e eventos", atacou. Para Denis Oswald, outro membro do COI, a questão da acesso precisa ser resolvida. "Tivemos muitas dificuldades para ter acesso aos locais. O trânsito é muito ruim. Vocês têm alguma medida ainda para solucionar isso?", questionou.

O príncipe Albert de Monaco foi outro que cobrou. "O que vocês têm feito para garantir que as águas sejam limpas?", insistiu. A questão da comunicação também foi atacada, com críticas em relação às redes.

Atraso

Não faltaram ainda as críticas aos atrasos das instalações. "Apenas 15% dos cartazes e sinais estão instalados", disse Camiel Eurlings. "Quando é que isso vai ser finalizado?", cobrou.

O Comitê Rio-2016 explicou que, por falta de dinheiro, encomendou placas de uma empresa ucraniana que as fabrica na China. Mas a entrega atrasou e, quando o material chegou, estava com problemas de dobras e brilhante, atrapalhando as imagens em todos os locais de eventos. O comitê admitiu que atrasos ocorrerão e que existe o risco de o evento começar sem todas as placas colocadas.

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