para que encontrasse "uma solução" para a crise.
Na última sexta-feira, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) excluiu Moscou de todas as competições, sob a alegação de que um sistema de doping generalizado havia sido criado para garantir resultados positivos de seus atletas. O Kremlin protestou, com Putin alertando que não aceitaria uma "punição coletiva" e que iria recorrer ao COI. O presidente classificou a punição de "injusta", já que impedia que mesmo atletas inocentes possam participar. Para a IAAF, porém, o doping é generalizado e patrocinado pelo estado russo.
Muitos temiam, porém, que a pressão de Putin poderia levar o COI a propor modificações para a exclusão. Mas a entidade olímpica manteve uma reunião de emergência neste sábado e aplaudiu a decisão da exclusão. "O COI dá seu apoio total à posição forte da IAAF contra o doping e a decisão está em linha com a política de tolerância zero da entidade", indicou o COI em um comunicado após o encontro.
A entidade também deixou claro que a decisão sobre quem participa no atletismo é da IAAF e não do COI. Com isso, o movimento olímpico ainda mandou uma mensagem de que não irá interferir na decisão. "Dificilmente vamos invalidar a decisão da IAAF", disse o vice-presidente do COI, John Coates.
Mas a pressão russa continuará. Neste sábado, o presidente do Comitê Olímpico Russo, Alexander Zhukov, apontou que vai recorrer. "Não há dúvidas de que o COI tem jurisdição para mudar a decisão", afirmou. "Vamos lutar até o final", insistiu. Yelena Isinbayeva, ouro em 2004 e 2008, voltou a criticar a decisão, apontando para seu caráter político. "Estão fazendo isso porque somos russos", atacou.
Além de manter a decisão sobre o afastamento, o COI indicou que vai "iniciar medidas amplas para garantir que todos os atletas possam competir na mesma situação" no Rio de Janeiro. problemas.