Coluna da Copa #3: Cristiano Redentor, o devorador de recordes que carrega Portugal

Frederico Ribeiro
Enviado Especial à Rússia
16/06/2018 às 05:16.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:45
 (Frederico Ribeiro/Hoje em Dia)

(Frederico Ribeiro/Hoje em Dia)

SÓCHI (Rússia) - Já passava de 0h20 quando a zona mista para a imprensa viu o dono do dia passar, sem querer parar para dar entrevista. Mas nem precisava. Não tinha mesmo o que declarar. Cristiano Ronaldo deixou os três gols marcados contra a Espanha, ontem, falarem por si. 

Um mito português que se renova, e agora como protagonista de um jogo histórico de Copa do Mundo. Fez o que dele se acostumou a ver. Não à toa, um a cada dois torcedores de Portugal que foram ao Fisht Stadium levava o número sete às costas e seu nome. Quem não os tinha, é porque havia deixado o espaço vazio.

Até mesmo em chinês (ou seria japonês?) CR7 se fazia presente nas camisas dos fãs. Num jogo com estádio parcialmente cheio - cabiam 47 mil e foram 43 mil -, Cristiano igualou marcas de lendas como Férenc Púskas e Pelé.

Do Húngaro, chegou a 84 gols pelo time nacional. Somente o iraniano Ali Daei, com 109 gols, tem mais que ambos. E o ex-atacante ousou dizer que Ronaldo ainda demorará a alcançar sua marca. Com certeza, a frase foi antes do jogo de ontem. O apelido "Robozão" que CR7 ganhou no Brasil demonstra a  frieza na hora de finalizar. Mas contou com a colaboração de David de Gea - um dos poucos a parar na zona mista e se explicar - além de um pênalti não existente.Frederico Ribeiro/Hoje em Dia

Foi o 51º hat-trick (três gols no mesmo jogo) do Cristiano Ronaldo. Coincidentemente, 51º hat-trick da história das Copas do Mundo. Por falar no Mundial, o português do Real Madrid anotou gol na quarta edição do torneio, igualando Pelé e os alemães Seeler e Klose.

Agora, ele tem seis gols em Copas do Mundo e pode ser considerado dono de uma nação. Dom Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, cinco vezes campeão da Europa por clubes, uma vez campeão da Europa por Portugal, e o homem que carrega uma terra de 14 milhões de habitantes nas costas.

Mas que desfila leve como uma pluma ao sair do vestiário do Estádio de Sóchi e ainda mandar um "alô, alô" nos microfones das rádios brasileiras que na zona mista o esperava.

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