Uma rápida olhada nos números de Fluminense e Santos basta para compreender a posição de cada time na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O clube tricolor carioca, que recebe o rival paulista nesta quinta-feira, às 21 horas, no Engenhão, pela 22.ª rodada, conseguiu atingir o objetivo de qualquer equipe que almeja o título. É forte no ataque e forte na defesa. O Santos, por sua vez, faz gols, mas sofre na mesma medida. O resultado é que os comandados de Abel Braga disputam o título, enquanto que os homens de Muricy Ramalho não estão nem na conversa da Copa Libertadores neste momento.
O Fluminense anotou 34 gols sobre os oponentes e sofreu apenas 14 em 21 rodadas, marca defensiva melhor do que a obtida pelo time campeão em 2010 no mesmo período, justamente montada por Muricy Ramalho. A missão dos santistas, desfalcados de Neymar, Arouca e Paulo Henrique Ganso, dentre muitos outros, é inglória.
Não que o time carioca não tenha seus problemas. Abel Braga não conta com Fred e Deco há algumas rodadas, mas o elenco tricolor é mais profundo e o nível de rendimento tem se mantido mesmo com as muitas viagens dos dois astros ao departamento médico das Laranjeiras. "O Abel conseguiu construir uma defesa forte como a de 2010. A base foi mantida, o entrosamento já existe e isso é muito importante. Espero que no fim do ano a gente consiga repetir aquele ano e terminar com o título brasileiro", comentou o zagueiro Digão, que ganha a oportunidade de seguir entre os titulares com a suspensão de Leandro Euzébio e a lesão de Anderson.
O goleiro Diego Cavalieri certamente é uma das razões para os bons números. Em boa fase, o ex-palmeirense novamente recebe considerações para uma convocação para a seleção brasileira.
Mas a boa campanha do sistema defensivo tricolor não deve ser creditada exclusivamente aos defensores. A zaga sofreu muitas alterações ao longo do campeonato. Gum, então barrado, voltou ao time titular. Anderson se machucou, Leandro Euzébio também experimentou a reserva e o antes encostado Digão voltou a figurar como opção. Comprovação do comprometimento coletivo de toda a equipe.
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