Com Atlético e América, LFF lista ‘premissas básicas’ para acordo com Libra, do Cruzeiro; entenda
Representantes dos clubes da Liga Forte Futebol (Divulgação/Liga Forte Futebol)
A decisão de criação de uma liga gerida pelos próprios clubes, tirando o poder das mãos da CBF, fez com que o Brasil se dividisse em dois: a Liga Forte Futebol (LFF), com 26 clubes, e a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), com 18. Essa divisão ocorreu por conta de divergências nos valores de repasse de receitas, mas um acordo entre eles pode estar perto de ser selado.
A Libra fez reunião na última semana e aprovou novos cálculos de divisões de receitas que se aproximam do que a LFF exige, como repasse monetário dívidido em 45% igualmente entre os clubes, 30% por desempenho e 25% por engajamento. No entanto, há ainda algumas “premissas básicas” que a Forte Futebol não abre mão e a Libra precisa aceitar para as negociações avançarem:
- Um limite máximo de 5x de diferença entre o clube de maior e o de menor receita, independentemente do volume de receitas total gerado, ou de qualquer regra de transição – cláusula pétrea para a LFF;
- A garantia de repasse de 20% da receita total para as Série B e C, independentemente de como os direitos sejam negociados, seja de forma separada entre A e B ou de forma conjunta – cláusula pétrea para a LFF;
- A garantia mínima do PPV, presente nos contratos de alguns clubes até 2024, que causa as maiores distorções de receitas no futebol brasileiro, não pode ser mantida como referência para qualquer garantia de receita a partir de 2025;
- A governança precisa respeitar um quórum de votação para mudanças importantes de 2/3, e não por unanimidade ou por uma maioria que na prática dê poder de veto a um grupo muito reduzido de clubes (ex.: 85%)
Sendo assim, a LFF e a Libra divergem ainda em alguns pontos, como por exemplo: a primeira exige 20% de repasse das verbas para as Série B e C, enquanto a segunda quer repassar 15%. Outro ponto é a votação para mudanças na liga. Na LFF, o desejo é que precise de 2/3 do quórum para mudar algo, enquanto na Libra o desejo é de unanimidade ou, no mínimo, 85% do quórum.
A LFF afirma que todos os pontos que ela entende como cruciais para a formação da liga já são de conhecimentos da Libra e também dos investidores. A Forte Futebol fechou com a Serengeti e a Life Capital Partners para um repasse de 4,85 bilhões para a liga de 40 clubes, e também um investimento de 2,325 bilhões para o cenário apenas com os atuais clubes da liga.
Os times de cada liga
Liga Forte Futebol
ABC, Athletico, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.
Liga do Futebol Brasileiro
Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
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