Com atuação de gala de Neymar, Seleção fica perto das semifinais

Wallace Graciano - Do Hoje em Dia
19/06/2013 às 18:10.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:16

Que venham as semifinais. Em uma atuação segura, a Seleção Brasileira superou o México por 2 a 0, na tarde desta quarta-feira (19), no Castelão, e ficou perto de garantir uma vaga entre os quatro melhores da Copa das Confederações. Para conseguir o feito, basta que o Japão não vença a Itália, logo mais. Neymar foi o grande herói da partida, ao marcar um golaço e fazer uma jogada de gênio para o segundo tento, anotado pelo predestinado Jô. A torcida, enfim, abraça o craque e o time canarinho.

Agora a Seleção Brasileira decidirá seu rumo no Grupo A contra a Itália, no próximo sábado, em Salvador. O duelo será realizado às 16 horas, mesmo horário de México e Japão, embate que será em Belo Horizonte. Caso a azzurra supere o time asiático na complementação desta rodada, às 19 horas desta terça, o duelo em BH será um “mero amistoso”.

Entrosamento

Durante a preparação para o duelo contra o México, Felipão deixou claro que faria pequenos ajustes na equipe que entraria em campo nesta quarta-feira. E isso ficou perceptível a primeira etapa. Mais preso, como se fosse um terceiro-zagueiro, Luiz Gustavo deu segurança ao setor defensivo. Ao mesmo tempo, Paulinho tinha mais compromisso em cuidar das laterais, o que deu mais liberdade aos alas, que entraram em sintonia com o meio-campo. Essas mudanças fizeram com que o time Canarinho dominasse boa parte do duelo contra o “encardido” México.

Com essas mudanças, o Brasil diminuiu as linhas de ação dos tricolores e tivesse as rédeas da partida no seu começo. Tanto foi que, aos oito minutos, já balançava a rede, quando uma bola alçada por Daniel Alves na área mexicana foi afastada parcialmente, e caiu nos pés de Neymar. O craque pegou de priemira, de canhota, para fazer com que a pelota morresse no barbante. Outro golaço do camisa 10 da Seleção nesta Copa das Confederações. 1 a 0.

Neymar marcou mais um golaço (Foto: Vanderlei Almeida/AFP) No restante do confronto, a Seleção continuou partindo para cima do rival de forma precisa sem deixar espaços para possíveis contra-golpes. Por sinal, explorava os espaços deixados pelos adversários, principalmente por Salcido. O time tricolor somente foi equilibrar as ações na metade da primeira etapa, quando passou a ser mais presente no campo defensiva. Mais compacto, o time de Scolari somente permitiu lances perigosos quando falhou individualmente no posicionamento ou no preciosismo na saída de bola, como aos 36 minutos, quando Giovanni dos Santos pegou a pelota pela esquerda e assustou o time canarinho.   Mas ficou por isso mesmo. O placar mínimo traduzia bem a superioridade da Seleção em um jogo complicado, diante de um adversário bem postado.   Genialidade no fim   O segundo tempo ofereceu aos torcedores presentes no Castelão um duelo intenso entre as duas equipes. Ambas passaram a explorar por mais vezes os dois lados do campo, fazendo com que a velocidade por aqueles setores fosssem a tônica do período derradeiro.   Por ali surgiram as principais oportunidades das duas equipes. Quem ameaçou primeiro foi o time canarinho, aos nome minutos, com Hulk, que tabelou na entrada da área, mas perdeu o “tempo” para chutar ao gol de Corona. No lance seguinte, Neymar ganhou em velocidade de Salcido e chutou cruzado, assustando o arqueiro tricolor.   O México também assustava. E muito. Aos 14, por exemplo, Guardado recebeu livre pela extrema-direita e buscou Chicharito na área. David Luiz cortou na hora exata. Outra grande oportunidade veio aos 37 minutos, quando Giovanni enganou a defesa brasileira com um toque de calcanhar para Berrera. O meia cruzou, a bola passou por toda zaga e quando Guaradado tentou completar, a defesa canarinho interceptou.   O time tricolor tentou uma pressão ao final da partida. Bem postada, a Seleção Brasileira conseguiu suportar o ímpeto adversário. Mais que isso, mostrou sua qualidade técnica superior para "matar a partida", quando Neymar recebeu pela direita, “entortou” a zaga adversária e deixou Jô, o predestinado, na cara do gol com o único trabalho de completar para a rede. 2 a 0.  

Jô deixou sua marca mais uma vez (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM) Era o fim de mais uma mística. O time tricolor, que tanto deu trabalho nos últimos anos, já foi ultrapassado. E estamos perto das semifinais.   FICHA TÉCNICA   BRASIL 2 X 0 MÉXICO   Brasil: Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar (Hernanes); Hulk (Lucas), Neymar e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari   México: Corona, Gerardo Flores (Herrera), Francisco Rodriguez, Héctor Moreno, Carlos Salcido; Jorge Torres Nilo (Berrera), Hiram Mier, Gerardo Torrado (Jiménez), Andrés Guardado e Giovani dos Santos; Javier Hernández. Técnico: José Manuel de la Torre   Gols: Neymar (aos 8' do 1º tempo); Jô (aos 47' do 2º tempo)   Motivo: Jogo válido pela segunda rodada do Grupo B da Copa das Confederações   Data: 19 de julho de 2013   Estádio: Castelão   Local: Fortaleza-CE   Árbitro: Howard Webb (ING)    Auxiliares : Darren Cann (ING) e Michael Mullarkey (ING)   Cartões amarelos: Guardado, Herrera e Francisco Rodriguez (México); Thiago Silva e Daniel Alves (Brasil)

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