Enquanto meninas da nova geração se empenhavam no tablado do Ginásio do Ibirapuera, na sexta-feira (1º) para ir à final da etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica Artística, a ex-atleta Daiane dos Santos assistia à etapa classificatória da área VIP. E a chance de acompanhar o esporte de perto trouxe boas recordações para a campeã mundial do solo.
Há dez anos era Daiane que encantava o público com o gingado brasileiro em suas performances. Na primeira apresentação, em 2005, a música foi interrompida no meio da série e os fãs ajudaram a ditar o ritmo das acrobacias. No entanto, nem a falha técnica impediu a ginasta de faturar a medalha de ouro. Conquista que conseguiu repetir no ano seguinte.
"Sempre lembro com muito carinho. Tive a oportunidade de competir no Brasil, tem uma emoção diferente para a gente que está representando a seleção, ainda mais aqui no Ibirapuera. Tem todo o episódio que a música parou, as pessoas colaboraram direto com a série com o aplauso, foi muito emocionante", recorda.
As duas medalhas douradas e o apoio da torcida despertam boas lembranças em Daiane. E a volta de uma competição à capital paulista depois de nove anos faz a ex-ginasta, hoje aos 32, sentir saudades de estar no centro do ginásio como protagonista, com as arquibancadas cheias ao seu redor.
"Não tem como não dar saudade. Sempre que a gente chega perto das competições, perto delas, a gente sempre vai ficar com saudade. É um esporte que a gente ama. A gente vive isso no esporte mesmo não estando mais competindo", conta Daiane, que agora é comentarista.
Além de observar de perto a nova geração, a ex-atleta também reencontrou Lais Souza, sua antiga companheira de seleção brasileira, nos bastidores. Ela ainda aproveitou para colocar a conversa em dia com os irmãos Diego e Daniele Hypolito e Arthur Zanetti, que ainda estão em atividade.