Começa no próximo fim de semana, a partir do dia 29, a primeira temporada como campeão olímpico de Arthur Zanetti. E o ginasta brasileiro vai estrear em 2013 na Copa do Mundo de Doha, no Catar, com uma nova tatuagem, uma reprodução da medalha de ouro que ganhou nas argolas durante os Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado.
O status de melhor do mundo na prova faz Zanetti iniciar o ciclo olímpico com pensamento diferente do anterior, quando ainda era um desconhecido do grande público. "No ciclo passado, a gente pensava ano a ano. Em 2011, em ser medalhista no Mundial para conseguir uma vaga na Olimpíada. Em 2012, em modificar a série para ir bem na Olimpíada. Agora, em 2013, já estamos pensando em 2015, ano de classificação para os Jogos do Rio, e claro, em 2016. Ser campeão é difícil, mas se manter no topo é mais ainda", observou Arthur.
Para 2013, a meta é brilhar no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, programado para acontecer em setembro, na Bélgica. "Eu sei que todo mundo vai querer ganhar de mim porque sou o campeão olímpico, mas também sei que não vou para ganhar em todas as competições. Não dá para vencer o tempo todo, embora eu sempre trabalhe para isso", ressaltou.
O staff do ginasta fez questão de explicar que as regras da ginástica sofreram adaptações ao fim da Olimpíada e agora os movimentos de força valem menos. Zanetti mudou sua série e já não tem a maior nota de partida na comparação com os principais adversários. Tudo isso para explicar que ele não tem a obrigação de vencer.
"Ninguém tem obrigação de defender título. Já tem ginasta com nota de partida mais alta que a do Arthur. Ele não pode mais fazer a série que apresentou na Olimpíada. Agora, já não se pede tanta força. Temos uma nova série e ele está treinando um elemento novo para aumentar a nota de partida. Vai levar uns seis meses", explicou o técnico Marcos Goto.