SELEÇÃO BRASILEIRA

Com melhor ciclo pré-Copa do Mundo, Brasil encara Tunísia para fechar preparação rumo ao hexa

Alecsander Heinrick
@alecshmsahenrick@hojeemdia.com.br
Publicado em 27/09/2022 às 07:00.
Time titular que entrou em campo contra Gana terá duas alterações (Lucas Figueiredo/CBF)

Time titular que entrou em campo contra Gana terá duas alterações (Lucas Figueiredo/CBF)

Na tarde desta terça-feira (27), o Brasil entra em campo pela última vez antes da Copa do Mundo no Catar. O técnico Tite deve promover mudanças no time e, consequentemente, no esquema da seleção para encarar a Tunísia, na França. A Seleção Brasileira tem o melhor aproveitamento do mundo desde o fim da Copa de 2018.

Se no último amistoso, contra Gana, Tite optou por escalar um time ofensivo, com cinco jogadores de ataque, contra a Tunísia o treinador da seleção deve escalar o “time base”. O lateral da Juventus, Danilo, volta ao time após o teste de Éder Militão na direita no último jogo. Quem também voltará a ser titular é o volante Fred, do Manchester United, que deve entrar na vaga de Vini Jr.. Com essas mudanças, a seleção deve voltar ao esquema mais utilizado por Tite no ciclo, o 4-2-2-2, com dois volantes (Fred e Casemiro), dois meias mais abertos (Paquetá e Raphinha) e dois atacantes (Neymar e Richarlison).

As alterações previstas para iniciar o último teste da Seleção frustram alguns torcedores, que gostariam de ver, principalmente, o atacante Pedro, do Flamengo, ganhando mais minutos. Jogador mais pedido pelo público, o atacante flamenguista não entrou em campo no último amistoso, mesmo com toda a “pressão popular”. Outra alteração esperada era a entrada de Renan Lodi na lateral-esquerda. Sem Alex Sandro, cortado por lesão mas praticamente certo na Copa, e sem Guilherme Arana, com lesão que o tirou da Copa, a escolha de Tite para o reserva na esquerda ficou mais “fácil”, com Alex Telles e Lodi na disputa, no entanto, o treinador indicou que Telles seguirá titular mesmo após ter jogado os 90 minutos contra Gana.

Além de Lodi e Pedro, os goleiros Weverton e Ederson, o zagueiro Ibañez e o atacante Roberto Firmino também não ganharam minutos no último jogo. O meia Bruno Guimarães, que também não atuou contra Gana, foi liberado após lesão constatada.

Fim do ciclo: o melhor do mundo

O jogo contra a Tunísia encerra um dos melhores ciclos de Copa que o Brasil fez no século. Será o jogo de número 50 da Seleção desde o fim da Copa da Rússia, em 2018, e o time de Tite tem o melhor aproveitamento do mundo nesse período. Ao todo, foram 36 vitórias, 10 empates e apenas três derrotas nos 49 jogos realizados até aqui, o que rende um aproveitamento de 80,3%.

Além do alto aproveitamento, chamam atenção os desempenhos ofensivo e defensivo do Brasil no período. Foram 106 gols marcados - média de 2,1 gols por jogo-, e apenas 18 gols sofridos - média de 0,3 gol por jogo.

O Brasil encerra o ciclo marcado pela grande campanha, mas também pela reclamação de não ter enfrentado as principais seleções do mundo no caminho, no caso, as europeias. A única seleção da Europa que o time de Tite encarou no processo foi a República Tcheca, em 2019, vencendo por 3 a 1. 

No entanto, a “culpa” não parece ser da CBF, já que os Europeus “se fecharam” em competições entre eles, como a Nations League, deixando poucas datas para amistosos. Há ainda um discurso de que as principais seleções europeias não querem encarar o Brasil (e a Argentina) justamente para não dar esse teste “de presente”. Para o atual encerramento, a CBF não conseguiu um confrontos contra europeus, mas conseguiu “fugir” dos adversários comuns e acertar com quatro seleções, de escolas diferentes, que também estarão na Copa: Coreia do Sul (5x1), Japão (1x0), Gana (3x0) e Tunísia.

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