Acordar cedo aos domingos e sequer piscar os olhos durante a largada das corridas de Fórmula 1 havia se tornado quase uma tradição no Brasil. Mas a falta de resultados expressivos dos pilotos daqui e o predomínio do tricampeão Sebastian Vettel (Red Bull Racing) tiraram boa parte da graça da competição.
Para piorar o cenário, tudo indica que mudanças significativas não devem acontecer no Mundial deste ano. A prova de abertura acontece na madrugada de amanhã, às 3h (de Brasília), no circuito de Melbourne, na Austrália.
Nem o mais otimista dos fãs da categoria acredita que Felipe Massa possa fazer frente aos favoritos Fernando Alonso (Ferrari), Jenson Button (McLaren), Lewis Hamilton (Mercedes) e o próprio Vettel.
Cartada final
Único representante brasileiro na F-1, pela primeira vez nos últimos 35 anos, Massa acelera o carro vermelho pressionado. O papel de coadjuvante nas quatro temporadas passadas e o desempenho acima da média do companheiro Alonso quase renderam sua demissão em 2012.
Os ferraristas resolveram lhe dar a chance final, e o prestígio só voltará com os banhos de champanhe. Portanto, é bom o piloto acabar logo com um incômodo jejum: desde setembro de 2009, o hino nacional não toca no pódio. Rubens Barrichello, ainda a serviço da escuderia Brown, em Monza, na Itália, é o responsável pela última vitória do Brasil nas pistas da F-1.
“Estou confiante e feliz com o carro que guiei durante o período de testes. Agora é ver se essa felicidade continua. E não acho que ter um ou dez pilotos na Fórmula 1 do mesmo país mude sua responsabilidade, que é sempre alta”, discursou Felipe Massa.
Em busca do tetra
Novamente, o “cara” a ser batido no Mundial é Sebastian Vettel, campeão em 2010, 2011 e 2012. O alemão vai em busca de nova marca: igualar os quatro títulos do francês Alain Prost, vencedor em 1985, 1986, 1989 e 1993.