Pausa na Superliga para pensar em objetivos tão ou mais ambiciosos. Em ótima campanha na competição nacional sob o comando do técnico italiano Stefano Lavarini (ocupa a terceira posição), o time feminino do Minas disputa, de hoje a sábado, o Sul-Americano de Clubes, na condição de anfitrião.
E o apoio da torcida tem tudo para ser decisivo na busca pelo tricampeonato (venceu em 1993 e 2000). Um título que vale ainda a volta ao Mundial (de 9 a 14 de maio, em Kobe, no Japão). O primeiro desafio é a tradicional equipe do Regatas Lima, às 18h – ingressos à venda no www.eventim.com.br e nas bilheterias da Arena JK a partir de R$ 10.
Se uma olhada na tabela (as mineiras estão no Grupo A) poderia apontar o Sesc-RJ, de Bernardinho, como principal adversário, é bom ter cuidado com “Las Chorrillanas” (o clube fica no distrito de Chorrillo, na capital peruana). Além de o vôlei do país vizinho retomar espaço rumo aos tempos de glória de Cecilia Tait e Gabriela del Solar (a seleção agora é comandada por Luizomar de Moura, do Osasco), o time, dirigido pelo espanhol Francisco Hérvas, tem como destaques duas norte-americanas: as ponteiras Holly Toliver e Taylor Sandbothe. Outro integrante da chave, o Boca Juniors traz, apesar da camisa pesada nos gramados, um grupo jovem que não deve exigir tanto das mineiras.
Confiança extra
E se as cariocas trazem na bagagem a condição de atuais tricampeãs, mostraram justamente no confronto com o Minas, sábado, pelo returno da Superliga, que não são imbatíveis. No ginásio do Tijuca Tênis, no Rio, foram superadas por 3 a 0, com direito a show de Carol Gattaz e Rosamaria (cada uma marcou 17 po ntos).
Quem conhece bem o comandante do Sesc, no entanto, sabe que devolver o resultado em um possível reencontro é praticamente obsessão para Bernardinho, que ano passado conseguiu o vice mundial, superado apenas pelo Volero Zurich, da Suíça.
Na teoria, o caminho das cariocas rumo à fase final é mais simples: estreiam amanhã contra o Gimnasia y Esgrima, da Argentina e encaram ainda o San Simón, da Bolívia, cujo objetivo declarado na competição é ganhar bagagem internacional na terra das bicampeãs olímpicas.