O Comitê Rio 2016 informou nesta sexta-feira (11) que não vai haver "entrada de recursos" públicos na empresa para dar fôlego às obras dos Jogos Olímpicos. De acordo com seu diretor de Comunicação, Mario Andrada, é preciso apenas que o governo federal formalize o uso de US$ 780 milhões (cerca de R$ 1,72 bilhão), "quantia que já constava do dossiê de candidatura", prometido como investimento para a Olimpíada na cidade.
"Essa é a exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI). E é bom deixar claro que não vai haver maior participação dos entes públicos", comentou Andrada. Por meio de sua assessoria, o governo do Estado reiterou que não vai haver gastos adicionais. "Como já informado pelo Comitê Rio 2016, a entidade não receberá aporte dos governos."
Em informação transmitida à Agência Estado, a prefeitura do Rio também negou a possibilidade de aporte financeiro ao Comitê Rio 2016. Mario Andrada disse ainda que não está prevista para segunda-feira nenhuma visita oficial de dirigentes do COI ao Rio.
PARALISAÇÃO - Nesta sexta-feira, as obras do Parque Olímpico completaram nove dias de paralisação. A greve iniciou na quinta-feira da semana passada e, dentre as reivindicações estava a vontade dos operários em serem representados pelo sindicato da construção pesada - que, desde segunda-feira, também paralisa obras em toda a cidade.
Na terça-feira, porém, os trabalhadores fizeram um acordo com o Sindicato da Construção Civil Leve (Sintraconst), e a greve foi oficialmente homologada no Ministério do Trabalho.
No dia seguinte, uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região definiu o reinício imediato das atividades e um prazo de 30 dias para que Concessionária Rio Mais, responsável por boa parte das obras do Parque Olímpico, operários e sindicato cheguem a um acordo.
Havia a expectativa de que na manhã desta sexta fosse realizada uma reunião entre o sindicato, a concessionária e uma comissão de trabalhadores, o que acabou não acontecendo.
A Rio Mais já informou que só aceita negociar após o reinício dos trabalhos, uma vez que já há uma convenção coletiva válida para os próximos doze meses.