(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Comitê Rio-2016 receberá repasse de R$ 270 milhões para a realização das duas cerimônias de abertura e as duas de encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Deste total, R$ 120 milhões são verbas federais e R$ 150 milhões da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Conforme a reportagem revelou no domingo, há um déficit de R$ 250 milhões no caixa do Comitê. "Superamos essa questão financeira. É uma questão de operacionalizar, o que deve acontecer até o meio da semana", afirmou o ministro.
Ele reconheceu que o desinteresse de chefes de estado em vir ao Rio para os Jogos tem a ver com a crise política brasileira. Esta será a Olimpíada com menor número de dignatários em 16 anos - 45 confirmados, dos 100 previstos.
"A interinidade causa algum tipo de restrição à participação. Do ponto de vista interno, é plena a investidura do presidente da República. Mas sob o prisma internacional há alguma interrogação", afirmou Padilha.
O ministro foi o único porta-voz de uma coletiva convocada para tratar do esquema de segurança dos Jogos. Estavam previstos para dar entrevista o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ministro da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen. Por uma decisão da Comunicação da Presidência da República, os ministros não falaram com a imprensa.
Coube a Padilha responder sobre questões de segurança, como o caso da equipe de basquete masculino da China que ficou no meio de um tiroteio no acesso à Linha Vermelha, e o caso do arrastão no Túnel Rebouças, ambos às vésperas da cerimônia de abertura dos Jogos.
"Com a posição que eu tenho no governo, tenho de ter conhecimento de tudo, ainda que superficialmente", afirmou Padilha, ao explicar ser o porta-voz de entrevista convocada para tratar de segurança. Ele, no entanto, se enrolou ao dizer que os chineses não estavam em rota olímpica, quando na verdade se deslocavam entre o Aeroporto Internacional e a Vila Olímpica.
Sobre o arrastão, ele afirmou que o túnel não faz parte da rota que deve ser monitorada prioritariamente durante a Olimpíada. "Eu mesmo entrei e perguntei da segurança. Fui informada que a segurança quem faz é a Secretaria de Segurança do Rio e tive de me conformar com esse realidade. A Secretaria de Segurança foi contatada e vai redobrar o policiamento ali".
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