O técnico do Shakhtar, Mircea Lucescu, revelou que o time irá disputar os seus jogos como mandante nesta temporada do futebol europeu em Lviv, no oeste da Ucrânia, que fica a mais de 960 quilômetros de Donetsk, por causa do conflito político em andamento no leste do país.
Donetsk é a maior cidade controlada por militantes pró-Rússia e viu os confrontos aumentarem nos últimos dias. Essa região não é mais comandada pelo governo central de Kiev e é onde separatistas declararam independência e pedem para serem incorporados pela Rússia.
Na última terça-feira, o Shakhtar se sagrou campeão da Supercopa da Ucrânia ao derrotar o Dínamo de Kiev por 2 a 0, com um gol do brasileiro Marlos, jogando justamente em Lviv.
Foi em Donetsk que um avião da Malaysia Airlines, que realizava o voo Amsterdã-Kuala Lumpur, foi abatido provavelmente por um míssil na última quinta-feira, provocando a morte de todas as 298 pessoas a bordo. Nesta segunda, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ordenou o cessar-fogo em um raio de 40 quilômetros ao redor do local onde caiu o Boeing 777.
Por conta do medo provocado pelo conflito, cinco jogadores brasileiros (Alex Teixeira, Fred, Dentinho, Douglas Costa e Ismaily), além de um argentino, se recusaram a voltar à Ucrânia com a delegação do Shakhtar no último domingo.
Sem poder atuar em Donetsk, o Shakhtar adotou Lviv como palco dos suas partidas nesta temporada. "A Arena Lviv será nossa casa na Liga dos Campeões e nos jogos domésticos", disse Mircea Lucescu, enfatizando também que o time voltará a atuar na Donbass Arena, em Donetsk, o mais cedo possível.
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