Ver o Atlético passar outros 90 minutos sem marcar um mísero gol no Jorge Wilstermann custou caro na paciência do torcedor. No bolso, entretanto, a nova eliminação do Galo na Libertadores poupou a econômica da Massa. De 2013 para cá, foi o jogo "mais barato" do alvinegro na competição internacional.

Em sua quinta participação seguida na Libertadores, que culminou na eliminação diante dos bolivianos em pleno Mineirão, o Galo exerceu no empate em 0 a 0 um preço médio de ingresso de apenas R$ 26,53.

O momento da equipe, entretanto, não foi capaz de levar um público maior ao Gigante da Pampulha. Mesmo com o bilhete a preço promocional, com direito a resgate de pontos para acompanhantes de GNV Preto, apenas 36 mil alvinegros foram ao Mineirão. Um público menor que na derrota por 2 a 0 para o Corinthians há uma semana, pelo Brasileirão.

A diretoria do Atlético deu desconto para o sócio GNV Prata. Houve até mesmo liberação de meia-entrada, além de um preço único de R$ 60 para os "não sócios". A renda ficou abaixo dos R$ 1 milhão (R$ 955.610,00).

Mas, no fim, o Galo pagou caro pela ineficiência da equipe de Rogério Micale, principalmente no sistema ofensivo. A desclassificação da Libertadores impede o Atlético de ganhar R$ 3 milhões de premiação da Conmebol para quem marca presença nas quartas de final. Além disso, garantiria casa cheia e boa arrecadação no jogo de volta contra o River Plate, seu ex-futuro adversário.

Os R$ 26,53 que o torcedor atleticano pagou no ingresso, em média, é bem inferior ao segundo jogo mais barato que o Galo fez desde 2013 na Libertadores. Contra o Santa Fe, em 2015, na fase de grupos, o ticket médio foi de R$ 44,67. 

O que a Massa pagou diante do Jorge Wilstermann representa quase 10% do "ticket médio" na partida mais cara do Galo, na final da Libertadores 2013. Quando foi campeão, o clube mineiro cobrou de seu torcedor R$ 250, em média. Mas para os atleticanos, valeu cada centavo.