(Divulgação/Grêmio FBPA)
A Copa do Mundo 2014 facilitou a entrada de empresas internacionais para gerir os estádios no Brasil. Das 12 arenas que receberão jogos, pelo menos quatro serão administradas por organizações estrangeiras, seja como consultoria ou consorciadas a grupos brasileiros. Dentre as empresas que chegam ao país estão a norte-americana AEG Facilities e a holandesa Amsterdan Arenas.
Quatro estádios terão a gestão de capital exclusivamente nacional e outros quatro não têm definição, mas podem cair na mão de estrangeiros, como o Maracanã, que será disputado pela portuguesa Lusoarenas, associada à norte-americana Global Spectrum e à paulista Traffic.
O tamanho deste mercado não é divulgado, mas a expectativa é de que no Mineirão o faturamento seja R$ 2,8 milhões por mês. Se o número for replicado para os outros 11 estádios, estima-se faturamento de R$ 33 milhões mensais.
Além dos palcos do Mundial, dois novos estádios no Brasil, a Arena Grêmio, em Porto Alegre, e a Arena Palmeiras, em São Paulo, terão participação de empresas estrangeiras na sua gestão. A cultura que esses administradores trarão é a de agregar valor ao futebol, utilizando os gigantescos espaços físicos com variadas formas de entretenimento. A fórmula é simples: mais conforto, somado a opções de consumo e entretenimento terão como resultado um lucro maior.
Opção Caseira
A conta poderia ser diferente se a Minas Arena, consórcio responsável pela modernização do Mineirão e por sua gestão até 2037, tivesse mantido o contrato com as estrangeiras Luso Arenas e Global Spectrum.
Entretanto, o consórcio brasileiro rompeu o acordo de cinco anos iniciais, optando por uma solução caseira. Atualmente, a Lusoarenas briga na Justiça para retomar o contrato com a Minas Arena.