Confiança e bom momento, quando esses dois fatores se aglutinam os jogadores de futebol têm tudo para emplacar uma boa fase em campo. E assim acontece com o atacante Rafael Sóbis, um dos curingas de Mano Menezes no elenco do Cruzeiro.

Aproveitando a ausência do meia-atacante Arrascaeta, convocado para defender o Uruguai na Copa do Mundo da Rússia, Sóbis emplacou na vitória por 1 a 0 em cima do Ceará, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, seu terceiro jogo seguido como titular da Raposa. E se depender do camisa 7 essa titularidade será mantida ao custo mais inusitado.

“É o momento, se o momento está bom pode colocar até de zagueiro que as coisas vão acontecer. A gente tem que aproveitar, não tem que escolher posição, mas aproveitar o momento do time, que se pode fazer as coisas, pois elas estão andando bem. E o momento em que as coisas não estão andando bem procuramos fazer o mais simples e tenta errar menos”, disse.

Sem se importar com os deslocamentos táticos que o tiram de sua posição de origem, Sóbis tem sido elogiado por seus próprios companheiros de grupo. O zagueiro Dedé é um desses a exaltar o comprometimento do atacante.

“Todo mundo está se entregando para ajudar. Desde os outros campeonatos. Contra o Racing, por exemplo, uma última bola o Sóbis tirou, bola que estava bem colocada e bem certa para o cara cabecear, cara que estava bem posicionado, e o Sóbis foi lá e salvou no último momento”, lembrou o zagueiro.

O lance lembrado por Dedé aconteceu aos quarenta minutos do segundo tempo do jogo Cruzeiro e Racing, partida da última rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores. O placar marcava 2 a 1 para a Raposa, e os argentinos tinham um ataque a favor. O atacante Brian Mansilla cruzou para a área, mas Rafael Sóbis chegou no tempo certo para afastar de cabeça. Lance que foi muitíssimo comemorado pelo atacante, quase como um gol.

Tal dedicação foi explicada pelo próprio Sóbis, que admite não ter mais o gás de um jovem, mas que agora busca explorar toda a experiência adquirida ao longo de sua carreira.

“Taticamente é a idade, a gente vai aprendendo, começamos a produzir mais correndo menos, e eu tento ajudar de qualquer forma, da forma que posso ajudar. Se eu estou no banco, os 11 que estão ali dentro estão correndo por mim. Essa é a verdade, porque eu participo disso, se o time vencer eu estou junto, então a minha função é ajudar, que seja com uma água, com um abraço, um ‘vamo lá’. Sou pago para isso, para defender as cores do Cruzeiro, e por consequência defender os meus companheiros”, comentou o jogador que tem 22 jogos na temporada e 25 gols em quase dois anos de Toca II.

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