O Uruguai vive um momento de crise interna em seu futebol, que culminou, nesta segunda-feira (31), na renúncia do então presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), Sebastián Bauzá. Agora, a Fifa investiga se o governo uruguaio tem a ver com a demissão, o que poderia causar sanções à seleção uruguaia, como a eliminação da Copa.
A crise teve início após o confronto entre Nacional e Newell’s Old Boys da Argentina, no Estádio Centenário. O time da casa acabou eliminado e uma confusão nas arquibancadas deixou 13 policiais feridos.
Diante deste cenário, o presidente do país, José Mujica, proibiu que os policiais fizessem a segurança dentro do Centenário e do Parque Central, os dois principais estádios do Uruguai.
No último sábado, o Nacional jogou com a condições impostas. No domingo, porém, o jogo do Peñarol, após pedido do sindicato dos jogadores, foi cancelado. O fato irritou o presidente do Nacional.
A AUF ainda está em conflito com sete equipes menores: Miramar Misiones, Racing, Juventud, Rentistas, El Tanque Sisley, Cerro Largo e Cerro, que acionaram a Justiça Comum, acusando a entidade de desviar verbas recebidas pelos direitos televisivos.
De acordo com o jornal Ovación, a Fifa está investigando se um grupo de empresários ligado ao governo Mujica estaria envolvido na renúncia de Bauzá. Caso isso seja provado, a AUF deve ser punida, já que a Fifa não permite a intervenção de governos nas associações de futebol.