Considerado o melhor clube brasileiro em competições internacionais no século XX pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), o Cruzeiro não conquista uma competição promovida pela Conmebol há 19 anos. Para fazer valer sua fama de “La Bestia Negra” no cenário continental, a Raposa inicia a luta pela taça da Copa Sul-Americana nesta terça-feira (4), diante do Nacional, do Paraguai, às 21h45, no Mineirão. A volta será em 10 de maio, em Assunção.
Sem uma taça internacional desde 1998, quando conquistou a Recopa, o Cruzeiro espera mudar sua história na Copa Sul-Americana, torneio que volta a disputar após uma década.
Desde 2002, quando a competição foi criada, a Raposa participou de cinco edições consecutivas, entre 2003 e 2007. A melhor posição foi um 12º lugar em 2005.
Libertadores
A Copa Sul-Americana é mais uma porta de entrada para a Libertadores do ano que vem, que pode ser alcançada também pela Copa do Brasil ou pela Série A.
Por isso, ao contrário das edições anteriores, o interesse do clube pela competição aumentou, pois o objetivo em 2017 é retornar à maior competição de clubes da América do Sul.
“A vitória no clássico foi muito importante para nos dar moral para essa sequência decisiva que teremos contra o Nacional, na Sul-Americana, e o São Paulo, na Copa do Brasil. A gente sabe que o Nacional tem um bom time e vai dar trabalho, principalmente como visitante. Temos que buscar o resultado e abrir boa vantagem para jogarmos com mais tranquilidade no Paraguai”, comenta o volante Hudson, que jogou a Libertadores em 2015 e 2016, e a Sul-Americana em 2014, pelo São Paulo.
Remanescente
Do time do Cruzeiro que jogou pela última vez a Copa Sul-Americana, em 2007, apenas o goleiro Fábio permanece no clube. Recordista de jogos pela equipe, o camisa 1 tenta recuperar sua condição de titular.
E a missão será difícil, já que Rafael tem mostrado qualidade. Nesta terça, o camisa 12, que já foi inscrito nas Libertadores de 2008, 2009, 2010, 2011, 2014 e 2015, fará sua estreia em competições internacionais.
Além de Rafael, outros jogadores do Cruzeiro têm pouca experiência em competições internacionais. O lateral-direito Ezequiel e o lateral-esquerdo Diogo Barbosa fazem parte desse grupo.
Ezequiel foi reserva do Criciúma em apenas um jogo da fase nacional da Sul-Americana, em 2013. O lateral sequer entrou em campo na época e ainda viu o time catarinense ser eliminado pela Ponte Preta, que terminaria como vice-campeã.
Diogo Barbosa esteve em campo pelo Goiás e Coritiba, em 2013 e 2015, respectivamente.
Rafinha também tem pouca experiência internacional no que diz respeito ao cenário sul-americano. Jogou pelo Goiás (2009) e Coritiba (2012) a Copa Sul-Americana. Sua bagagem internacional maior é em torneios do mundo árabe.
“O Mano e sua comissão vão fazer um ótimo plano para o jogo contra o Nacional. A Copa Sul-Americana é uma competição difícil, porém mais curta e que dá vaga rápida na Libertadores. Temos que focar para fazermos um excelente jogo em casa e termos tranquilidade no jogo de volta”, analisa Rafinha.
Experiência
Jovem, um dos destaques do Cruzeiro e com boa rodagem internacional, Arrascaeta, que segue na lista de convocações da seleção do Uruguai para os jogos das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, é uma das apostas da Raposa na competição.
“Agora é focar nesse jogo contra o Nacional. Temos que trabalhar muito e nos dedicar para chegarmos bem e vencermos a partida”, afirma o camisa 10.