Cruzeiro derrota Sesi em Minas e conquista o bi da Superliga

Émile Patrício - Hoje em Dia
13/04/2014 às 11:33.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:06

(Frederico Haikal)

  O dia começou perfeito, neste domingo (13),  para a torcida Celeste que nem nos melhores sonhos previa tanta facilidade em quadra. E foi um jogo majestoso, o Sada/Cruzeiro fez bonito, atropelou o Sesi-SP por 3 a 0 (21/19, 21/17 e 21/18), em apenas 1h15 de duelo. Com o Mineirinho lotado, colorido de azul, os 14.300 torcedores presenciaram o Cruzeiro levantar a taça de bicampeão da Superliga Masculina de Vôlei 2013/14.    O grito de campeão brasileiro estava entalado na garganta, porém para o ponteiro Filipe, um dos maiores pontuadores da partida, com 10 pontos, esta vitória representou algo a mais. Ele, que desde o primeiro set chamou o jogo para si e foi referência no ataque, teve a “alma lavada”. Na final da temporada passada, quando perderam a Superliga para o RJX, do Rio de Janeiro, ele foi um dos mais cobrados, tendo sido criticado por não ter feito boas recepções.    Desta vez, porém, jogou tudo e um pouco mais. Em quadra, fez recepção até com o ombro e era um dos que levantava a torcida no ataque. “Eu estava muito concentrado, sabia da importância e da minha função dentro de quadra. O Sesi é uma equipe que arrisca muito no saque e eu tinha a função de neutralizá-los. Fico feliz que deu tudo certo”.   Segundo ele,  o diferencial deste ano diante do Sesi foi o foco do grupo. “Concentração. Estava todo mundo focado. Não deixamos espaço para eles em nenhum momento e isso foi o diferencial”, finalizou Filipe.   Campeão de tudo O Sada/Cruzeiro vem fazendo história. Esta é a 15ª final consecutiva, somando, com o caneco deste domingo, 12 títulos no currículo. Somente nesta temporada, o time mineiro alcançou uma marca invejável e, também inédita: venceu tudo que disputou. O time do Barro Preto, atual campeão Mundial, saiu vitorioso também no Estadual, no Sul-Americano, na Copa Brasil e, agora, nacional.    O placar de 3 a 0 diante do forte Sesi era algo inimaginável. Durante toda a semana de preparação ambos os times esperavam um embate acirrado com possível desfecho no tie break. Isso era explicado pelo fato de o Sesi ser a base da seleção brasileira, com grandes valores como Murilo, Sidão, Lucão, Lucarelli e o incansável líbero Serginho.    Só que o Cruzeiro deixou claro que não é o grande clube do vôlei brasileiro nos últimos anos por acaso. “Tudo funcionou bem, no ataque, no saque e até no bloqueio. Foi muito completo. Merecemos a vitória”, ressaltou o oposto Wallace, maior pontuador da partida, junto com o companheiro Filipe, ambos com 10 pontos.    Ao ser perguntado, que time vai conseguir parar o Cruzeiro, Wallace, responde satisfeito: “Estamos trabalhando pra ninguém parar a gente. Mas esse sucesso não é fácil porque a cobrança aumenta, principalmente da torcida”.    Somente na Superliga, esta é a quarta final consecutiva do Cruzeiro, que foi vice na temporada 201/11 para o próprio Sesi, dentro do Mineirinho, e no ano passado, diante do RJX, no Maracanãzinho. Na temporada 2011/12, a Raposa derrotou o Vôlei Futuro e conquistou o primeiro título nacional.   Willian mostra sua mágica O “El Mago” virou o maestro. O capitão e levantador do Cruzeiro, William, usou as mãos não só para comandar as jogadas, mas também para chamar a torcida. Diversas vezes na partida ele levantava os braços e pedia que os 14 mil torcedores jogassem junto.    “A gente sabia que não podia vacilar, pois era praticamente a seleção brasileira do outro lado. Não queríamos deixar escapar, de novo, dentro de casa”, ressaltou o cérebro do time Celeste.    William, que sempre deixa o bigode crescer nas finais para homenagear o pai já falecido, teve uma força a mais na arquibancada. A filha, Nina, de apenas seis meses, estava vestida com a camisa número sete, igual a ele, com o nome de "El Mago", apelido que ganhou quando jogou na Argentina. 

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