(Washington Alves/Lightpress)
Não foi o resultado esperado pelo torcedor, que compareceu ao Mineirão com convicção de que os três pontos poderiam ser conquistados na 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas tudo aconteceu ao contrário daquilo que os otimistas pensavam. Diante do vice-lanterna do Brasileirão, o Vitória, o Cruzeiro não saiu do zero no placar, na noite deste domingo (30), e tropeçou mais uma vez em casa na competição.
Se a conquista dos três pontos já não daria ao time de Mano Menezes uma vaga no G-6 nesta rodada, já que o Sport venceu o Vasco e atingiu 27 pontos (o Cruzeiro só poderia chegar aos 25 caso vencesse), o empate então foi extremamente ruim. Justamente por deixar a Raposa ainda mais longe do grupo que garante vaga na Copa Libertadores do ano que vem.
O próximo compromisso celeste no Brasileirão é contra o Vasco, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, nesta quinta-feira (3), às 20h. Com o empate no Gigante da Pampulha o time de Mano Menezes chega aos 23 pontos e ocupa a nona colocação. Já o Vitória segue na vice-lanterna com 13 pontos e enfrenta a Ponte Preta na próxima quarta-feira (2) às 21h no Barradão.
O jogo
O público na noite deste domingo (30) esteve longe daquele registrado na partida contra o Palmeiras pela Copa do Brasil na semana passada e quem saiu de casa para ver o Cruzeiro diante do Vitória não gostou nada do que assistiu. Diferentemente do que fez na última quarta-feira, a Raposa foi apática, abusou dos passes errados e com isso irritou os torcedores com as poucas chances criadas. E de quebra consagrou o goleiro rubro-negro Fernando Miguel.
Foram várias as chances desperdiçadas pelo Cruzeiro, e todas pararam ou nas defesas arrojadas, algumas no reflexo e até na sorte de Fernando Miguel. Thiago Neves perdeu as oportunidades mais importantes, no primeiro e no segundo tempo.
Nem mesmo o fato de ter tido mais volume de jogo ajudou. Ficar mais tempo com a bola nos pés (60%) no primeiro tempo não se traduziu em gols e a equipe celeste mostrou pouca força ofensiva, e tropeçou mais uma vez jogando diante de seu torcedor.
No primeiro tempo a melhor chance da Raposa aconteceu aos 26 minutos, quando Diogo Barbosa fez belo cruzamento para Thiago Neves, que cabeceou à queima-roupa, obrigando o goleiro Fernando Miguel a fazer excelente defesa.
No segundo tempo a equipe estrelada começou desligada e a torcida cruzeirense ficou impaciente com o alto índice de passes errados. O Vitória até então foi quem mais próxima de fazer o gol. Aos 10 minutos, David quase abriu o placar, mas Fábio fez boa defesa.
Fernando Miguel foi o personagem principal do Vitória, com defesas importantíssimas e que impediram o gol celeste.
O resultado estava de bom tamanho para o Vitória, que tinha a reestreia do técnico Vagner Mancini, que retornou ao clube. Pelas substituições do treinador essa postura ficou clara. E no discurso pós-jogo também.
Ex-jogador do Cruzeiro e atualmente no Vitória, Uillian Corrêa destacou que o ponto arrancado da Raposa no Mineirão foi importante. E que se houvesse um pouco mais de empenho dos baianos, quem sabe os três pontos seriam possíveis, destacava o jogador ao apito final do árbitro Dewson Freitas, que desagradou bastante aos torcedores.
Foram vários os lances de faltas que o árbitro assinalou e que o torcedor reclamou bastante. Os torcedores pediram dois pênaltis, um em Sassá e o outro em Thiago Neves. Em ambos os lances Dewson nada marcou.
CRUZEIRO 0 X 0 VITÓRIA
Motivo: 17ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Arbitragem: Dewson Freitas da Silva (PA)
Auxiliares: Helcio Araújo Neves (PA) e José Ricardo Guimarães Coimbra (PA)
Gol: Não houve
Cartão amarelo: Uillian Corrêa, Fernando Miguel, Cleiton Xavier, Wallace (VIT); Sassá, Ariel Cabral, Thiago Neves, Diogo Barbosa (CRU)
Cartão vermelho: Não houve
Público Pagante: 10.046
Renda: R$ 174.802,00
CRUZEIRO – Fábio; Lucas Romero, Léo, Manoel (Murilo) e Diogo Barbosa; Henrique, Ariel Cabral, Elber (Rafinha) e Thiago Neves; Rafael Sóbis e Sassá (Raniel). Técnico: Mano Menezes
VITÓRIA – Fernando Miguel; Caique Sá, Kanu, Wallace Reis e Juninho; Ramon (Cleiton Xavier), Uillian Corrêa, Carlos Eduardo (Renê) e Yago (Patric); David e Tréllez. Técnico: Vagner Mancini