Cruzeiro minimiza falta de estrutura do estádio do Murici, valoriza adversário e jogo na cidade

Hoje em Dia - Belo Horizonte
06/03/2017 às 16:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:38

Gramado alto, com muitos buracos, de péssima qualidade. Essas foram as descrições que o técnico do América, Enderson Moreira, atribuiu ao piso do estádio José Gomes da Costa, casa do Murici Futebol Clube, adversário do Cruzeiro na terceira fase da Copa do Brasil, e time que eliminou o Coelho na segunda jornada da competição.

Envolvido e no centro de uma enorme polêmica, o Cruzeiro preferiu, por meio de sua diretoria de futebol, se posicionar em relação ao palco do jogo contra o Murici, nesta quarta-feira, às 21h45, em Alagoas. Para o diretor celeste Klauss Câmara, ao contrário do que tem sido dito na imprensa, tanto por profissionais dos microfones e até jogadores, o clube estrelado não se opõe a atuar no estádio da cidade. 

“Em relação ao gramado, chegaram declarações, informações de equipes que jogaram contra o Murici. Nós do Cruzeiro não conhecemos o gramado. Não podemos dizer nada a respeito do gramado da equipe do Murici, pois ainda não estivemos lá. Depois do confronto teremos um parecer do clube sobre o gramado da cidade de Murici”, reiterou Klauss Câmara em entrevista coletiva na Toca II nesta segunda-feira.

A entrevista celeste coincide com uma nota de repúdio publicada na página oficial do Murici no Facebook. No texto, postado na rede social neste segunda-feira, o clube alagoano critica o posicionamento de um jornalista belo-horizontino sobre a cidade, o estádio e até mesmo o clube nordestino.

Não foi dada nenhuma declaração por parte do Cruzeiro. Tudo que envolveu até agora foi do muro do Cruzeiro para fora. Aquilo que compete a outros profissionais que atuam em outras áreas, em outros segmentos, devem ser responsabilizados por isso. O que compete ao Cruzeiro, e o que a gente lamenta, são declarações até sem fundamento. A gente sempre espera que algumas declarações quando dizem respeito a todos os procedimentos, deveriam buscar, checar, quais foram os procedimentos para que a gente tire um pouco algo que foi criado e é desnecessário em relação ao foco da partida.

“Não foi dada nenhuma declaração por parte do Cruzeiro. Tudo que envolveu até agora foi do muro do Cruzeiro para fora. Aquilo que compete a outros profissionais que atuam em outras áreas, em outros segmentos, devem ser responsabilizados por isso. O que compete ao Cruzeiro, e o que a gente lamenta, são declarações até sem fundamento. A gente sempre espera que algumas declarações quando dizem respeito a todos os procedimentos, deveriam buscar, checar, quais foram os procedimentos para que a gente tire um pouco algo que foi criado e é desnecessário em relação ao foco da partida”, comentou o diretor de futebol cinco estrelas.

Para o jogo

Klauss Câmara afirmou não conhecer o estádio onde o Cruzeiro irá jogar. Entretanto, o atacante Rafael Sóbis, após a vitória azul diante do América-TO por 2 a 1 pelo Campeonato Mineiro, no último domingo, alfinetou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por permitir jogos em estádios sem a devida estrutura adequada.

“Dona CBF, né?! Poderia ser em um campo melhor... A gente já tem informações que é algo meio desumano para o futebol atual. Mas paciência, o time deles não tem culpa, porque que eles trabalham com um orçamento menor", criticou, eximindo de alguma forma o clube nordestino de alguma “culpa”. 

Mas, para o diretor de futebol do clube mineiro, nada justifica o alarde ou falatório sobre um possível complô para que o jogo não fosse realizado na cidade de Murici. 

O Cruzeiro, segundo o dirigente, tomou providências para saber a situação do palco do jogo, mesmo não enviando representante ao Nordeste para conhecer o estádio. “Conversamos com o gerente de competições da CBF com o objetivo apenas de saber se o estádio teria condições ou não. E não, em hipotese alguma, de vetar a participação no jogo. Vetar estádio não está na competência nossa. Existe um regulamento e o Murici está cumprindo o que consta no regulamento”, analisou.

“Eu e o Tinga estivemos presentes na CBF, conversamos com as pessoas responsáveis, o presidente da nossa Federação (Mineira de Futebol, Castellar Guimarães Neto) foi acionado. E o que está acontecendo, nada mais é, do que um regulamento sendo cumprido. Não existe nenhuma manobra para que esse jogo acontecesse lá (em Murici), ou do presidente da Federação Alagoana ou do presidente do clube, não foi feito manobra. O que está sendo feito é o que está no regulamento, que permite até a terceira fase estádio com capacidade inferior a 10 mil torcedores”, posicionou-se.

“Não temos o que fazer, estamos aqui para jogarmos o jogo e estamos felizes de participar da Copa do Brasil. Vamos jogar o jogo onde que tiver que ser”, garantiu, enfatizando o verdadeiro pensamento do Cruzeiro no momento. 

“O que eu vejo é que tá fugindo muito do foco prioncipal que hoje o Cruzeiro se preocupa. Em hipótese alguma é a questão do gramado. Estamos preocupados com o trabalho que está sendo desenvolvido na equipe do Murici. Existe uma equipe de qualidade, competente, um treinador muito competente trabalhando. Isso é merecedor de toda nossa atenção, respeito”, disse.

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