Em péssima fase dentro de campo, o Cruzeiro se mobiliza para evitar possíveis punições que possam atrapalhar ainda mais a caminhada do time no restante da temporada.
O clube divulgou, no início da madrugada dessa quinta-feira (8), uma nota em seu site oficial afirmando que a Raposa não corre risco de sofrer qualquer sanção da FIFA em função de uma dívida envolvendo o uruguaio Arrascaeta até que o caso seja julgado em última instância.
No texto, o clube afirma que mesmo em caso de uma decisão desfavorável no julgamento do Comitê Disciplinar do órgão, marcado para o dia 12 de agosto, ainda haveria a possibilidade de um recurso na Corte Arbitral do Esporte.
Ao site, o advogado do Cruzeiro, Breno Tanuri afirmou que acredita que não haverá nenhuma decisão final em menos de dois anos.
Entre as punições as quais a Raposa está sujeita estão a aplicação de multa, a proibição de contratar jogadores até o pagamento da dívida, a perda de pontos na tabela do Campeonato Brasileiro e até o rebaixamento para divisões inferiores do principal torneio do país.
A publicação do clube se deu em função de uma reportagem veiculada pelo site SuperEsportes, que destacou a marcação do julgamento que envolve o pagamento de uma dívida cobrada pelo Defensor, do Uruguai referente a venda do jogador ao Cruzeiro, em 2015.
Em abril, o Tribunal Arbitral do Esportes (TAS) determinou a quitação do débito de R$5.198.484,48, o que não aconteceu.
Entenda o caso
Arrascaeta foi comprado pelo Cruzeiro em 2015 em um acordo que previa o pagamento de 2 milhões de euros à vista mais 29 parcelas de 70 mil euros.
Entretanto, o clube celeste deixou de pagar 15 dessas prestações o que, acrescido dos juros e da correção monetária, gerou o montante em torno de 1,05 milhão de euros (R$4.620.315).
Após quatro anos vestindo a camisa celeste, Arrascaeta foi negociado com o Flamengo, em janeiro, por um valor que girou em torno de R$55,2 milhões.
Segundo imbróglio
O imbróglio envolvendo Arrascaeta é o segundo do tipo que o Cruzeiro tem que administrar nos últimos meses.
Em julho, o clube foi condenado pela FIFA com a perda de seis pontos no Campeonato Brasileiro caso não pagasse em 90 dias uma dívida em torno de R$6 milhões com Zorya, da Ucrânia em relação a compra do atacante Willian Bigode, que defendeu a Raposa entre 2013 e 2016.
Entretanto, os advogados do Cruzeiro agiram rápido e recorreram ao TAS, suspendendo, por ora, a execução da dívida.