Cruzeiro passa por cima do Vasco, elimina cariocas e fica perto das oitavas na Libertadores

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
02/05/2018 às 23:50.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:38

(Mauro Pimentel/AFP)

O Cruzeiro não tomou conhecimento do Vasco e “passou o carro” na equipe carioca na noite desta quarta-feira (2) em São Januário. A Raposa fez 4 a 0 na quinta rodada da Copa Libertadores e de uma forma mais fácil do que se imaginava eliminou o Cruzmaltino da competição, dando um importante passo para seguir adiante no torneio. Sassá (2), Thiago Neves e Léo fizeram os gols cruzeirenses na goleada na casa do clube da Cruz de Malta.

O ataque celeste regulou bem mais uma vez e com a vitória impactante se tornou até aqui o melhor da Libertadores: 13 gols em cinco jogos. E o resultado elástico colocou o time celeste na liderança provisória da chave com oito pontos, mesma pontuação do Racing-ARG, que enfrenta a Universidad de Chile-CHI nesta quarta-feira (3), na Argentina. 

A próxima partida do time celeste, que saiu de um cenário complicado para uma classificação bem provável, está marcada para o dia 22 de maio, contra o próprio Racing-ARG, no Mineirão, jogo que pode valer a liderança do Grupo 5. 

O JOGO

O Cruzeiro dominou o jogo no primeiro tempo e, cirúrgico, desnorteou o Vasco com sua efetividade ofensiva. O time carioca, mesmo precisando da vitória para se manter vivo na competição, deixava a Raposa jogar e ganhar espaço em campo. E desse jeito acabou levando o primeiro baque.

Léo abriu o placar aos dez minutos em um lance polêmico, falha do assistente que não assinalou impedimento: 1 a 0. Mas não foi por causa desse erro que o Cruzeiro conseguiu boa vantagem no placar ainda no primeiro tempo. Era apenas o início do tormento vascaíno, que ainda sofreria mais durante toda a partida.

Animados no pré-jogo e em bom número em São Januário o torcedor do Vasco sentiu o golpe no primeiro gol. O semblante de quem estava na arquibancada era o desenho do que ainda estava por vir.

Em boa jogada de Egídio, um dos destaques ofensivos do Cruzeiro no jogo, Thiago Neves recebeu passe na cara de Martín Silva e fez mais um: 2 a 0.

O clima que já não era bom conseguiu ficar ainda pior quando Sassá marcou o terceiro gol ainda no primeiro tempo. A torcida vascaína deu o pior exemplo na arquibancada e o jogo ficou paralisado por quase sete minutos. Brigas entre os próprios torcedores da equipe mandante obrigaram os policiais a usar gás de pimenta na tentativa de controlar os ânimos dos brigões.

O placar elástico fez os cruzeirenses gritarem “olé” na arquibancada a cada troca de passes do time azul em campo. O técnico Mano Menezes não gostou e tentou segurar a onda da torcida pedindo calma. O que não deu muito certo, pois a etapa inicial terminou e os gritos de “olé” continuaram.

No segundo tempo o Vasco começou melhor, adiantou suas linhas ofensivas e pressionava o Cruzeiro. Mas quando a maré não é boa nada acontece em benefício de quem está na pior. Mesmo sendo mais incisivo o time carioca levou o quarto gol em um lance rápido de contra-ataque. Sassá mais uma vez: 4 a 0, em lance que ficou marcado por um pedido de falta de Werley, que perdeu a bola e reclamou de um empurrão.

A goleada apenas aumentou o que já era um fato: o Cruzeiro assumiu o posto de melhor ataque da Copa Libertadores: 13 gols em cinco jogos, superando equipes como o Racing-ARG e o Grêmio (ambos com 10 gols em quatro jogos) e o Atlético Nacional-COL (9 gols em 4 jogos).

A vitória do Cruzeiro escancarou a superioridade dos mineiros em relação aos cariocas. E a raiva dos vascaínos era tão grande que das arquibancadas ouviu-se por diversas vezes “time sem vergonha”.

Durante a partida os três candidatos à presidência do Vasco nas últimas eleições estiveram presentes, dentre eles o vencedor e atual presidente Alexandre Campello. Mesmo com dificuldades para se locomover, Eurico Miranda, sem largar seu charuto, foi embora muito antes do fim do jogo. Júlio Brant foi o outro presidenciável a assistir o vexame vascaíno, que ficou nos 4 a 0 mas poderia ter sido pior.  


VASCO 0 X 4 CRUZEIRO

Motivo: 5ª rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores

Local: São Januário, no Rio de Janeiro

Árbitro: Anderson Daronco (RS)

Auxiliares: Danilo Manis (RS) e Bruno Pires (RS)

Gols: Léo, aos 10 e Thiago Neves aos 24 e Sassá aos 32 minutos do primeiro tempo

Cartão Amarelo: Henrique (VAS); Henrique (CRU)

Cartão Vermelho: Não houve

Público: 12.694 (pagantes) / 12.973 (presentes)

Renda: R$ 657.278,35

 VASCO - Martin Silva; Pikachu, Paulão, Werley e Henrique. B. Silva, Wellington, Thiago Galhardo (Kelvin) e Evander (Riascos); Andrés Rios e Rildo (Paulo Vitor). Técnico: Zé Ricardo.

CRUZEIRO - Fábio; Lucas Romero, Dedé, Léo e Egídio; Henrique (Bruno Silva) e Lucas Silva; Rafinha. Thiago Neves (Mancuello) e Arrascaeta; Sassá (Raniel). Técnico: Mano Menezes.

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