Entrevista

Cruzeiro sempre teve tradição no futebol Sul-americano, diz Marcelo Moreno

Artilheiro e ídolo da Raposa fala da relação de amor com o clube

Angel Drumond
esportes@hojeemdia.com.br
Publicado em 25/11/2024 às 07:30.Atualizado em 25/11/2024 às 12:57.

Marcelo Moreno é, sem dúvida, um dos maiores ídolos da história recente do Cruzeiro. Com um estilo de jogo que cativou a torcida, o atacante boliviano conquistou o carinho dos cruzeirenses e marcou seu nome na memória dos fãs do clube. Sua história com a equipe mineira começou em 2007. Com a camisa azul, se destacou e tornou-se um verdadeiro símbolo do time.

Antes de viver o auge da carreira no Cruzeiro, Moreno iniciou trajetória no futebol brasileiro no Vitória, onde deu os primeiros passos rumo ao sucesso. Mas foi no time mineiro que teve a consagração, tornando-se artilheiro e peça fundamental na conquista de títulos importantes, como o Campeonato Brasileiro de 2014.

Nesta entrevista ao Hoje em Dia, Marcelo Moreno revê a jornada no futebol, compartilha as memórias que tem do Cruzeiro e fala sobre o carinho que sempre recebeu da torcida celeste, além de relembrar os momentos marcantes da carreira. 

O Cruzeiro não conquistou o título da Sul-Americana. Mas como você avalia o retorno do clube a uma final continental? Quais são os principais ganhos que você vê nesse processo de reconstrução?

Estar em uma final continental já é algo muito importante, especialmente considerando o momento de reconstrução do clube. Claro que todos os torcedores queriam o título, mas o mais importante é que o Cruzeiro mostrou que voltou a competir em alto nível. Essa campanha é um indicativo de que o clube está trilhando o caminho certo e ganhando experiência para conquistar ainda mais no futuro. 

Mesmo sem o título, essa campanha na Sul-Americana mostrou um Cruzeiro novamente competitivo e com um time unido. 

Como ex-jogador, você acredita que o clube esteja no caminho certo para voltar ao protagonismo no futebol sul-americano?
Com certeza. A competitividade e a união que o time demonstrou são sinais de que o Cruzeiro está no rumo certo. Como ex-jogador, sei o quanto é difícil fazer parte da reconstrução de um time e resgatar a confiança da torcida. Mas chegar a uma final de Copa Sul-Americana mostra que o Cruzeiro está se posicionando novamente como um dos grandes do continente.

Você construiu uma relação especial com a torcida cruzeirense e marcou uma geração no clube. Quais momentos mais te marcaram vestindo a camisa do Cruzeiro?
Foram muitos momentos marcantes, mas, sem dúvida, o título do Brasileirão em 2014. Foi um dos times mais especiais onde já tive o prazer de jogar, a torcida abraçou a gente desde o início, sempre lotando o Mineirão e empurrando o Cruzeiro. Aquela foi uma campanha histórica para todo cruzeirense e que, com certeza, ficará marcado para sempre em minha memória também. 

O que significa para você ser um ídolo do Cruzeiro? Acha que sua passagem pelo clube moldou sua carreira e sua relação com o futebol?
É um orgulho enorme para mim poder ter jogado e conquistado títulos pelo Cruzeiro. Essa camisa me deu a chance de mostrar meu melhor futebol e moldou quem eu sou como jogador e pessoa. O Cruzeiro sempre será minha casa, e minha relação com o futebol foi profundamente marcada pelos momentos que vivi aqui. 

Do que mais sente falta e o que gostaria que os torcedores se lembrassem ao pensar em sua trajetória?
O que mais sinto falta é o calor da torcida, aquela emoção de entrar em campo e ouvir a arquibancada vibrando. Gostaria que os torcedores lembrassem de mim como um jogador que sempre deu tudo pelo clube, que vestiu a camisa com orgulho e que respeitou a história do Cruzeiro, principalmente. 

Agora que encerrou sua carreira como jogador, como vê a situação da seleção boliviana? Acredita que o país tenha chance de conquistar uma vaga na próxima Copa do Mundo?
É uma geração muito talentosa. Acredito que com um trabalho sério e planejamento, temos condições de buscar uma vaga na Copa do Mundo. Mas para isso é preciso organização e comprometimento em todas as áreas, a seleção boliviana não pode chegar na Copa do Mundo por acaso, mas sim porque trabalhou e se planejou para isso. 

Qual a importância para você de ver a Bolívia em uma Copa do Mundo novamente? Seria uma forma de consolidar um legado para o futebol boliviano?
Seria incrível, tanto para o futebol boliviano quanto para o país como um todo. Seria uma oportunidade de mostrar nossa força e abrir portas para as próximas gerações. Se isso acontecer, seria um grande orgulho saber que contribuí para esse sonho enquanto jogador.

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