Atlético e Cruzeiro escreverão, a partir das 16 horas deste domingo (12), mais um capítulo de sua história de rivalidade, iniciada no longínquo 17 de abril de 1921. Desde então, foram 441 duelos nos quais os maiores protagonistas do futebol mineiro se revezaram nas conquistas estaduais.

A final do Campeonato Mineiro deste ano, a 19ª envolvendo Galo e Raposa, promete novas emoções e o propagado equilíbrio quando se trata de um clássico. Tudo pode acontecer, contudo, não há como negar que alvinegros e estrelados passam por momentos distintos.

Enquanto o Atlético está alicerçado no mito Ronaldinho Gaúcho, o Cruzeiro tenta consolidar o projeto iniciado no início do ano, com a chegada de nomes como Diego Souza, Dagoberto e Everton Ribeiro.

R10

Capitaneado pelo R10, o alvinegro tem encantado a América do Sul. O bom futebol elevou a autoestima do torcedor atleticano e devolveu aos apaixonados alvinegros o direito de sonhar. No imaginário preto e branco, martela a inédita conquista da Copa Libertadores.

Apesar do momento mágico no torneio sul-americano, a torcida também não abre mão da taça do Mineiro, a exemplo do que ocorreu ano passado. Para Ronaldinho Gaúcho, seria a primeira conquista com a camisa alvinegra.

Ano passado, o craque bateu na trave. O Galo lutou rodada a rodada pelo título nacional, mas terminou como vice-campeão. Certamente, o camisa 10 e seus companheiros farão de tudo para que a chance não lhes escape desta vez.

Desconfiança

Se o Atlético vive em lua de mel com a Massa, o Cruzeiro de 2013 ainda tenta conquistar o coração da China Azul. Pode-se dizer que Marcelo Oliveira e seus comandados têm cumprindo seus propósitos. Se não demonstra o mesmo elã do rival, o time é objetivo.

A invencibilidade na temporada está aí para comprovar. No entanto, uma conquista neste momento daria ao lado azul de BH a confiança que falta para alçar voos mais audaciosos. Sobretudo, pelas duas últimas temporadas infrutíferas.

No Mineiro de 2012, a equipe estrelada não chegou sequer à final, sendo eliminada pelo América. Para piorar, terminou a competição em quarto lugar.

No Campeonato Brasileiro, não engrenou. Fez campanha apenas regular, mas condizente com as peças que tinha à disposição. Assim, o nono lugar ficou de bom tamanho.

Estratégias

Com a vantagem de ter uma base montada, o Atlético fez contratações para completar o grupo. Prova disso é que, dos sete novatos, apenas Diego Tardelli é titular.

No Cruzeiro, a diretoria optou por revigorar a equipe. Contratou 15 jogadores e, diferentemente dos últimos dois anos, trouxe nomes de destaque no futebol brasileiro. Os mais famosos são Diego Souza e Dagoberto.

Além disso, chegaram à Toca atletas sem o mesmo estro, mas que vêm dando conta do recado, casos dos meio-campistas Nilton, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart.

Resta saber agora quem levará a melhor nesta primeira decisão, que pode definir os rumos dos rivais em 2013.