Cruzeiro vence o Figueirense, escala tabela de classificação e mantém 100% sob comando de Enderson

Guilherme Piu
@guilhermepiu
16/08/2020 às 17:55.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:18

(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O Cruzeiro saiu de Belo Horizonte para duas rodadas longe de casa, e o retorno para Minas Gerais aconteceu do jeito que o torcedor mais queria: duas vitórias. Depois de bater o Guarani na semana passada, o Figueirense foi a vítima da vez, derrotado pela Raposa por 1 a 0, na tarde deste domingo (16), no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

Com a vitória, o time de Enderson Moreira escala a tabela da Série B, sai da zona de rebaixamento (17º lugar) para a nona colocação, e dá resposta positiva no começo do Nacional, mesmo tendo iniciado a competição com pontuação negativa (-6).

O triunfo em cima do Figueira foi o sexto de Enderson Moreira pelo Cruzeiro. O treinador ainda não conheceu o sabor da derrota e nem mesmo do empate à frente da Raposa.

Agora o Cruzeiro enfrenta a Chapecoense na próxima quinta-feira (20), no Mineirão, às 21h, pela quarta rodada. 

O jogo

O técnico Enderson Moreira preferiu retornar ao esquema 4-2-3-1, diferentemente da formação que havia usado na vitória sobre o Guarani, quando apostou em três volantes. O treinador promoveu o retorno do atacante Stênio, após o garoto se recuperar de luxação no ombro. Patrick Brey fechou a linha defensiva pela esquerda, já que Giovanni ficou fora por questão física. 

Apesar de jogar como visitante, o Cruzeiro mostrou bom volume de jogo no começo do primeiro tempo. Até os 10 minutos, a Raposa tocava bem a bola, tinha certo controle e ocupava com frequência o campo do Figueirense. 

Aos 8 minutos veio a primeira boa chance do Cruzeiro. Régis dominou a bola e limpou a jogada pela direita do ataque. O camisa 10 pisou na área e finalizou, obrigando o goleiro Sidão a fazer boa defesa. No rebote, Marcelo Moreno tentou chegar na frente do arqueiro do time de Santa Catarina, que levou a pior antes de o juiz assinalar falta.

Depois disso, o Cruzeiro se desorganizou e tomou muita pressão do Figueirense, que ganhou o campo ao adiantar sua marcação e acuou muito o time celeste com essa mudança de postura. 

Pressionada, a equipe de Enderson Moreira não segurava a posse de bola, o meio-campo celeste não conseguia jogar, e, consequentemente, não armava as jogadas. Tanto que o Figueirense pisava a todo momento nos domínios da Raposa e, por pouco, a casa do goleiro Fábio não caiu. 

O Figueira teve quatro oportunidades de abrir o marcador no primeiro tempo, as duas melhores com Marquinho. A sorte do Cruzeiro é que sempre que ficou em condições de marcar, a bola caiu no "pé ruim" do meia-atacante, que é canhoto e chutou duas vezes com a direita.

E no futebol é aquela coisa, quem não faz, leva. No último lance da primeira etapa, o gol do Cruzeiro. E foi em um lance muito confuso, de bate-rebate dentro da área "num bololô" danado. Depois dessa confusão, a bola sobrou para Cabral, que com um toque sutil para o lado esquerdo, encontrou Maurício. O meia chutou colocado no ângulo: 1 a 0. 

O gol marcado pelo Cruzeiro mostrava o quão era importante uma vitória. Não só para manter os 100% de aproveitamento na Série B, como também para escalar a tabela de classificação. 

A vitória parcial tirava a Raposa da 17ª colocação e alçava o time à nona posição, com três pontos em três jogos. Lembrando que o time perdeu seis pontos pela punição da Fifa, oriunda da dívida com o Al Wahda - contratação do volante Denílson, em 2016. 

Por isso no segundo tempo a postura do Cruzeiro mudou. O time saiu para o jogo, adiantou mais suas linhas e conseguiu diminuir o ímpeto ofensivo do adversário. Mas o jogo, "brigado demais" no meio-campo, não era nada vistoso. 

Apesar de mais movimentada a segunda etapa esteve longe de ser um primor técnico. A marcação forte de ambos os lados minimiza as boas ações ofensivas. O Figueirense teve até uma boa chance com Diego Gonçalves. 

Aos 25 minutos o atacante carregou a bola pela esquerda ofensiva, limpou para o meio e fez um belo arremate, que passou com perigo por cima do travessão de Fábio.

A partir daí o time mandante tentou segurar mais a bola no ataque, repetiu o que havia feito no primeiro tempo, com a pressão em cima da Raposa, mas o Cruzeiro apesar do sufoco segurou bem a pressão até o apito final. 

FIGUEIRENSE 0 X 1 CRUZEIRO
Motivo: 3ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC)
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO)
Assistentes: Tiago Gomes da Silva e Hugo Sávio Xavier Correia
Gols: Maurício, aos 45 minutos do primeiro tempo. 
Cartões amarelos: Patrick e Brunetti (FIG); Jadsom  Ariel Cabral (CRU); 
Cartão vermelho: Não houve

FIGUEIRENSE - Sidão; Lucas, Alemão, Pereira e Brunetti; Geovane (Feijão), Patrick (Elyezer) e Marquinho; Keké (Arouca), Diego Gonçalves e Everton Santos (Lucas Henrique). Técnico: Raul Cabral

CRUZEIRO - Fábio; Cáceres, Léo, Cacá (Marllon) e Patrick Brey; Jadsom (Machado), Ariel Cabral; Stênio (Thiago), Maurício (João Lucas) e Régis (Claudinho). Marcelo Moreno. Técnico: Enderson Moreira

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