(Hoje em Dia)
Se atleticanos e cruzeirenses gostam de emoções fortes, podem preparar os corações. Até o pontapé inicial da Copa do Mundo, em 12 de junho, ou seja, nos próximos dois meses, os rivais de Minas participarão de uma maratona. Seriam 17 compromissos no período, ou seja, um a cada três dias.
E não se tratariam de confrontos “comuns”, mas decisões. Galo e Raposa devem estar envolvidos nas finais do Campeonato Mineiro e na fase eliminatória da Copa Libertadores. Para completar, a Brasileiro começa na segunda quinzena de abril, comprometendo ainda mais o já apertado calendário.
Só que um tempero garantirá doses extras de “adrenalina” a alvinegros e celestes. Caso tudo corra como o esperado, Atlético e Cruzeiro vão se cruzar na briga pelo título do Estadual. No entanto, estes seriam somente dois clássicos de uma série.
O Galo faz ótima campanha no Grupo 4 da Libertadores e tende a figurar entre os primeiros colocados. Do lado azul, a Raposa decepciona e sequer ocupa a vice-liderança da Chave 5. Com isso, o time pode mesmo ter que se contentar em avançar ao mata-mata como um dos segundos.
Sendo assim, os rivais provavelmente ficariam em rota de colisão para históricos duelos nas oitavas ou quartas do torneio sul-americano. Vale destacar que logo na quarta rodada da Série A, atleticanos e cruzeirenses medirão forças no Independência.
Elencos fortes
O calendário complicado reforça a tática dos dois clubes de montar elencos fortes e qualificados em 2014. Além de não se desfazerem de suas vitoriosas bases, Galo e Raposa trouxeram reforços ou decidiram apostar em nomes que voltaram de empréstimo.
Por isso, os técnicos Paulo Autuori e Marcelo Oliveira conseguiram colocar duas equipes em ação no Mineiro e na Libertadores. Ambas as formações reservas funcionaram bem e não decepcionaram quando exigidas.
“O calendário brasileiro é apertado. Quem não vem jogando fica mais motivado, pois todos querem jogar. E quem atua tem procurado dar o melhor para passar confiança a Paulo Autuori”, analisa Pierre, volante do Galo.
O cruzeirense Nilton também elogia as peças celestes. “Qualquer um que entra mantém o mesmo nível, é excelente. É bom demais trabalhar com jogadores inteligentes, que só no olhar você sabe o que ele está pensando, onde ele vai dar o passe, o posicionamento”, diz.