(Washington Alves)
O lateral-esquerdo Fabrício teve a chance de falar, novamente, sobre o episódio polêmico contra a torcida do Internacional. Desta vez com a camisa azul do Cruzeiro, o jogador de 28 anos foi apresentado no novo clube, mas fez questão de fazer um pronunciamento. De cabeça fria e preparado para defender a Raposa, ele pediu desculpas ao Internacional e negou ser vítima de injúria racial. O jogador foi apresentado oficialmente na tarde desta quinta-feira (9) na Toca da Raposa II. "Sobre a injúria racial, nunca aconteceu isso, o problema foi com a torcida. Nunca teve injúria racial lá. Quero pedir desculpas ao presidente, ao Inter, jogadores e comissão técnica pelo o que aconteceu. Não poderia ter acontecido, mas só eu sei o que estava passado", disse o atleta, que pode fazer sua estreia neste domingo, contra o Atlético, pela semifinal do Campeonato Mineiro. Fabrício chega com tranquilidade, depois de dias descansado e esfriando a cabeça. Mas se o lateral-esquerdo teve tempo de refletir sobre o erro, a diretor celeste agiu rápido. O gerente de futebol Valdir Barbosa explicou que, imediatamente ao ver a partida entre Inter e Ypiranga pelo Gauchão, pegou o telefone e deixou para a diretoria colorada o interesse na transferência. "No dia do episódio, estava assistindo e liguei para o Jorge Macedo, diretor do Inter, e ele me disse a situação de momento. O presidente (Vitório Piffero) decidiu que ele não tinha mais como continuar e teria reunião na segunda-feira, para dar a posição definitiva, coloquei o interesse do Cruzeiro, fui comunicado, procurei o procurador dele e selamos tudo ontem de manhã e ele já veio para Belo Horizonte", afirmou. Atualmente, o Cruzeiro conta com cinco laterais-esquerdos. Bruno Lopes e Gilson, no entanto, devem ser colocados na lista de jogadores a serem emprestados. Com isso, Fabrício vai disputar posição com Eugenio Mena e Pará, sendo que o chileno é o atual titular. Mas para atuar quase todos os jogos do ano, como fazia no Internacional, o 14º contratado da Raposa em 2015 já deixou claro que é lateral, mas sabe fazer outras funções, como meia e volante. "Por incrível que parece, quando cheguei ao Internacional, tinha o Kleber que estava jogando, que é meu ídolo pela história no futebol. Em 2011, não joguei nenhum jogo na lateral, joguei de volante, meia e até atacante. Venho aqui para ajudar onde o professor precisar", disse.