Em um campeonato por pontos corridos, nem sempre será possível mostrar um bom futebol. Quando não há inspiração, o que interessa são os três pontos conquistados ao final da partida. E esse foi espírito que sintetizou a vitória do Cruzeiro sobre o Bahia por 2 a 1, na noite desta quinta-feira (11), no Mineirão. Sem fazer sua melhor exibição, a Raposa conseguiu o triunfo, de virada, com gols de seus selecionáveis Everton Ribeiro (de pênalti) e Ricardo Goulart. Rafael Miranda, ex-Atlético, anotou o tento dos visitantes.    Com a vitória, a Raposa chegou aos 46 pontos, voltando a ter sete de frente para o São Paulo, segundo colocado. O Bahia, por sua vez, permaneceu com os 17, amargando a lanterna do campeonato.    E é justamente o São Paulo que o Cruzeiro terá pela frente na próxima rodada, em uma das várias decisões que o campeonato por pontos corridos oferece. No domingo (14), os comandados de Marcelo Oliveira visitam o vice-líder, no Morumbi. O confronto, que terá pontapé inicial às 16h, será decisivo para os rumos das equipes na busca pelo caneco. Na mesma data e horário, o Tricolor da “Boa Terra” recebe o Figueirense, na Fonte Nova.    “Favas contadas”   Líder da competição, dono do melhor ataque e jogando contra o lanterna em seus domínios. Não poderiam haver ingredientes mais favoráveis ao Cruzeiro no embate desta quinta-feira, quando subiu ao gramado do Mineirão para vencer o Bahia e reaver a diferença de sete pontos para o São Paulo, segundo colocado na tabela. Porém, só faltou explicar o roteiro para o “Tricolor da Boa Terra”, que deixou o “script” de lado e foi protagonista da primeira etapa, ao mostrar que não seria favas contadas.    Com três volantes, Gilson Kleina conseguiu anular as rápidas trocas de passe da Raposa pelo miolo do campo, um dos pontos fortes do time montado por Marcelo Oliveira. Além de defender bem, assustava nos contra-golpes. E as investidas deram resultado.    Aos 29 minutos, Rafinha deixou para Guilherme Santos, que chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro para o miolo da área, onde estava Rafael Miranda. De primeira, o “Xoxó da Vovó” chutou no canto destro de Fábio para abrir o marcador. 1 a 0.    Até o apito que encerrou a primeira etapa, a Raposa tentou imprimir sua força de mandante. Porém, o time não mostrou a calma de outros jogos e desceu para o vestiário em desvantagem. A esperança do torcedor estrelado era de que Marcelo Oliveira elevasse os ânimos de seus jogadores, como ocorreu nos duelos contra a Chapecoense e Figueirense...   Confira a galeria de imagens da vitória estrelada Virada na força   … e foi o que aconteceu. Na volta do vestiário, Marcelo sacou Marquinhos, que fazia uma partida irregular, e colocou o vibrante Alisson na sua vaga. Além da troca de peças, o comandante mandou sua equipe pressionar o Tricolor Baiano em seu campo. Era nítido que cedo ou tarde a blitz daria resultado.    E ele veio aos 4 minutos, quando Ricardo Goulart foi derrubado na área e o árbitro Marcos Mateus Pereira apontou para a marca do cal, gerando revolta do Tricolor da Boa Terra. O zagueiro Titi reclamou veementemente da decisão e recebeu o amarelo. Continuou questionando e foi expulso, aumentando a bronca dos baianos. Everton Ribeiro, que nada tinha a ver com isso, não desperdiçou a oportunidade e fez a alegria da torcida estrelada. 1 a 1.   Após o tento da igualdade, o Cruzeiro foi de forma massiva ao ataque. O empate não bastava. Os comandados de Marcelo Oliveira queriam a virada. E ela veio aos 28 minutos, quando Alisson fez belíssima jogada pela esquerda e cruzou no miolo da área. Moreno ajeitou a bola mal, mas o domínio serviu de assistência para o selecionável Ricardo Goulart chutar de primeira e colocar a Raposa à frente do placar. 2 a 1.   Até o final da peleja, o Cruzeiro seguiu em busca do tempo para “matar” de vez o confronto. Porém, a trave foi “inimiga” em duas oportunidades, o que fez com que a partida terminasse com o placar apertado. No final das contas, méritos da Raposa pelos três pontos conquistados.    FICHA TÉCNICA   CRUZEIRO 2 X 1 BAHIA   CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Manoel, Léo, Ceará; Henrique (Dagoberto), Lucas Silva, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart (Nilton); Marquinhos (Alisson)  e Marcelo Moreno. Técnico: Marcelo Oliveira.   BAHIA: Marcelo Lomba, Railan, Lucas Fonseca, Titi, Guilherme Santos; Fahel, Rafael Miranda, Léo Gago;  Rafinha (Willian Barbio), Rhayner (Branquinho) e Maxi Biancicchi (Alessandro). Técnico: Gilson Kleina.   Gols: Rafael Miranda (aos 29' do 1º tempo); Everton Ribeiro (de pênalti) (aos 8'), Ricardo Goulart (aos 27' do 2º tempo) Data: 11 de setembro de 2014 Motivo: Jogo válido pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro Árbitro: Marcos Mateus Pereira (CBF-MS) Árbitros assistentes: Eduardo Gonçalves da Cruz (CBF-MS) e Cícero Alessandro de Souza (CBF-MS) Árbitros assistentes adicionais: João Lupato (CBF-MS) e Paulo Henrique de Melo Salmazio (CBF-MS) Público: 20.861 pagantes (22.596 presentes) Renda: R$ 767.253,00 Cartão amarelo: Léo Gago, Fahel e Guilherme Santos (Bahia); Henrique (Cruzeiro) Cartão vermelho: Titi (Bahia)

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