Dignidade. Esta é a palavra de ordem no Cruzeiro. Depois de ser goleado pelo Santos e de ver a torcida gritar o nome de Neymar, jogadores e a comissão técnica querem, ao menos, terminar o Campeonato Brasileiro em uma posição melhor. O Cruzeiro volta a campo no próximo domingo, quando enfrentará o Bahia, novamente jogando no Independência.

Faltando quatro jogos para o fim da competição, o Cruzeiro já praticamente afastou as chances de rebaixamento. Apesar disso, a pressão vinda das arquibancadas é grande. Para que se tenha uma ideia, durante a partida do último sábado, apenas o goleiro Fábio e o meia-atacante Montillo tiveram os nomes gritados pela torcida quando o time estava atrás no placar. Os demais foram vaiados e chamados de “pipoqueiros”.

O principal alvo das críticas é técnico Celso Roth. Porém, o caso dele possui um ponto em especial. A multa rescisória que consta no contrato é o que trava a saída dele. A diretoria dá sinais de que vai esperar o fim da competição para definir quem será o treinador na próxima temporada.

O técnico já disse que não irá entregar o cargo, o que transfere toda a responsabilidade para a diretoria celeste. Nas entrevistas, Roth “lava as mãos” em relação ao assunto. “A direção que tome a atitude que ela achar correta. Só saio do Cruzeiro se for demitido”, disse. O Hoje em Dia tentou um contato com o diretor de futebol Alexandre Mattos e com o presidente Gilvan de Pinho Tavares para esclarecer o assunto, mas eles não atenderam as ligações.

Apesar do momento turbulento, Celso Roth acredita que o time pode melhorar e terminar a competição melhor na tabela. “Temos que terminar dignamente. O Cruzeiro não pode sofrer desta forma”.

Apesar das declarações, o comandante faz questão de fazer comparações com o campeonato de 2011, quando o time escapou do rebaixamento na última rodada. Além disso, dividiu as responsabilidades com o time. “Torcedor xinga como se o treinador estivesse lá dentro. Mas ele se esqueceu que está melhor que o ano passado”.
 

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