O Cruzeiro afirmou que a “culpa” da partida desta quarta-feira (4), contra o Palmeiras, no Mineirão, ser com portões fechados, é da Polícia Militar de Minas Gerais. Segundo o clube, a corporação, em reunião realizada na última sexta-feira (29), disse que “não assumiria a responsabilidade” da segurança, caso o duelo fosse com ambas as torcidas.
O clube alegou que desde o início dos planejamentos para o jogo, no final de novembro, alertou todos os órgãos envolvidos sobre a preocupação da segurança dos torcedores devido aos últimos acontecimentos envolvendo as organizadas dos clubes, já que a posição da CBF sempre de portões fechados, caso o clube cogitasse torcida mista.
“Teve uma reunião presencial na Sede Administrativa e as pessoas do Cruzeiro pediram para que o comando da polícia revertesse a situação e desse a condição de segurança em caso das duas torcidas e a resposta foi imediata: não, não tenho condições porque o nosso pessoal olhou e está muito perigoso e a gente não quer assumir essa responsabilidade”, disse o CEO Alexandre Mattos, à Samuca TV.
Indignado com o desfecho, Mattos reforçou que o Cruzeiro sente-se prejudicado e que, o fato poderia ser o oposto se a PM estivesse enviado as garantias à CBF para o público misto, com antecedência, fato que aconteceu após à meia-noite desta quarta-feira (4), em ofício enviado à entidade, que pedia um novo posicionamento da segurança mineira para liberar o público, mesmo com um prazo reduzido para a comercialização de ingressos.
PMMG se posiciona
Sobre o documento enviado pela corporação à entidade máxima do futebol, a PMMG disse na manhã desta quarta, que recebeu o e-mail encaminhado pelo Ministério Público, por volta das 20h da terça, e que ‘reuniu esforços para responder’ o mais rápido possível.
“Até onde eu sei, o Ofício ele não vinha com prazo. E às zero horas e 20 minutos ele é respondido. O meu policiamento na rua é 24 horas, agora eu tenho uma administração que ela cumpre um horário, mas mesmo assim, às 20h40 nós nos mobilizamos para conhecer o ofício para que ele pudesse ser respondido”, falou o comandante-geral da PM, Carlos Frederico Otoni Garcia.
No ofício, a polícia reforçou que seguia com as recomendações para torcida única, mas quem determinaria como a partida aconteceria seria a entidade do futebol nacional, a única responsável pelo fato, sendo acatada qualquer um dos cenários tomados pela CBF e estando apta para realizá-los.
A bola vai rolar para Cruzeiro e Palmeiras às 21h30 desta quarta-feira, pela 37ª rodada do Brasileirão. Para o time celeste, uma vitória colocará a equipe de volta ao G8. Já para os paulistas é a permanência na briga pelo título da competição.
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