Cruzeiro é derrotado pelo Huracán e decidirá vaga no Mineirão

Wallace Graciano - Hoje em Dia
14/04/2015 às 21:02.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:38

(JUAN MABROMATA)

O Cruzeiro voltou a decepcionar na Libertadores. Perdido em campo, o time estrelado, que já apresentava um déficit físico, devido ao pouco tempo de descanso em relação ao clássico de domingo, não conseguiu fazer frente ao Huracán e foi derrotado por 3 a 1, na noite desta terça-feira (14), no estádio El Palácio, em Buenos Aires.    Ábila (duas vezes) e Mancinelli anotaram os gols da primeira vitória do time argentino nesta edição da Libertadores, contando com ajuda da defesa celeste nos três tentos. Damião, de pênalti, descontou para o time estrelado.   A derrota celeste embolou de vez o Grupo 3 da Libertadores. Com o revés, os comandados de Marcelo Oliveira caíram para a segunda posição, com oito pontos ganhos. Isso porque o Universitario Sucre venceu o Mineros e chegou ao primeiro posto, com nove. O Huracán, terceiro colocado, tem sete tentos.   Na próxima rodada, o Cruzeiro terá um confronto direto contra o Universitario de Sucre, em duelo que será disputado no Mineirão, na próxima terça-feira, a partir das 20h30. Pouco antes, às 19 horas, o Huracán visita o Mineros.    Caso vença, a Raposa estará classificada. Se empatar ou perder, o time estrelado terá de “secar” o Huracán.    Antes, porém, o Cruzeiro terá um difícil duelo contra o Atlético. Até o momento, o clássico está marcado para o próximo domingo (19), às 16 horas. Porém, a data e horário podem ser alteradas.    PERDIDO   O início de jogo até que foi promissor. Sem força de criação no meio, o Cruzeiro explorou as laterais, principalmente o lado direito, e ensaiou boas jogadas, que precisavam de um toque final caprichado para surtirem efeito.   Porém, na parte defensiva, os comandados de Marcelo Oliveira pareciam perdidos. Como pouco trabalharam com três volantes nos últimos tempos, dava a sensação de que cada um deles não sabia o quê fazer direito. E em uma dessas, o time foi punido.   Aos 12, Willians tentou sair jogando, pois não tinha muitas alternativas ao redor. O volante, entretanto, foi desarmado por Villarruel, que lançou Ábila em profundidade. Em posição duvidosa, o atacante argentino teve a calma necessária para chutar na saída de Fábio e balançar a rede. 1 a 0.   O golpe foi forte para o Cruzeiro. O time não conseguiu se reencontrar nos minutos seguintes e deixou o Huracán crescer ainda mais. E o time argentino não perdoou o desequilíbrio.   Aos 25, a bola sobrou para Puch no lado direito da área. Esperto, o ponteiro deixou Paulo André na saudade, sem muitas dificuldades, e cruzou para trás. Lá estava Ábila, que voltou a fazer a alegria da torcida do “Globo”. 2 a 0.   Após o segundo gol sofrido, o Cruzeiro partiu rumo ao ataque. Porém, mesmo com as brechas deixadas pela defesa adversária, as ofensivas celestes foram inefetivas. Sem qualidade na criação, o a Raposa ficou refém dos cruzamentos e dos chutes de fora. E, no desespero, o resultado não foi esperado.   PANE   Sem criação, Marcelo Oliveira tentou consertar seu meio-campo com a entrada de Gabriel Xavier. Com ele em campo, o Cruzeiro passou a oferecer novas alternativas. E em uma delas conseguiu diminuir o marcador.   Aos 12 minutos, Mayke lançou Gabriel Xavier na área argentina. O meia deu bom passe de cabeça e achou Leandro Damião no meio. Quando ia finalizar, o centroavante foi derrubado. Pênalti! Ele mesmo foi para bola e balançou o barbante. 2 a 1.    Porém, pouco depois, quando se ensaiava uma reação, a defesa do Cruzeiro voltou a dormir no ponto. Aos 17 minutos, a bola foi alçada na área celeste. Em uma pane incrível, a zaga celeste apenas assistiu Mancinelli cabecear livre, cara a cara com Fábio. O resultado não poderia ser outro: 3 a 1.    O incrível é que o time do Huracán não oferecia nada de mais para bater o Cruzeiro por 3 a 1. Na parte defensiva, por exemplo, se posicionavam aleatoriamente em campo, deixando espaço entre as linhas. No ataque, só tinha sucesso quando o adversário permitia. E o problema é que a defesa celeste, então invicta no torneio, se mostrou perdida ao longo dos 90 minutos.   O placar não foi nenhum exagero.    COMPLICOU   O Cruzeiro tinha tudo para se classificar na fase sem nenhum drama. Agora, terá de enfrentar um clássico no final de semana e se recuperar a tempo de um duelo decisivo contra o Sucre. Sufoco desnecessário.   PANE A defesa celeste, que não havia tomado nenhum gol nesta Libertadores, se mostrou perdida ao longo do jogo. Não à toa, foi vazada três vezes.    FICHA TÉCNICA HURACÁN  3 X 1 CRUZEIRO   HURACÁN: Marcos Díaz, Mancinelli, Hugo Nervo, Eduardo Domínguez, Balbi; Villarruel, Vismara, Romero Gamarra (Moreno y Fabianesi), Toranzo (Gallegos); Edson Puch (Torassa) e Abila. TÉCNICO: Néstor Apuzzo   CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Léo, Paulo André, Mena (Pará); Willians (Gabriel Xavier), Henrique, Willian Farias, Arrascaeta; Leandro Damião e Willian (Riascos). TÉCNICO: Marcelo Oliveira   Gols: Ábila (aos 14' e 25' do 1º tempo); Leandro Damião (de pênalti) (aos 14'), Mancinelli (aos 17') Data: 14 de abril de 2015 Motivo: Jogo válido pela 5ª rodada do Grupo 3 da Libertadores Estádio: El Palácio Cidade: Buenos Aires (Argentina) Árbitro: Patrício Polic (Chile) Auxiliares: Raúl Orellana (Chile) e Carlos Astroza (Chile) Cartões amarelos: Domínguez e Díaz (Huracán); Willian Farias, Henrique e Paulo André (Cruzeiro)

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