O torcedor do Cruzeiro que acordou cedo neste frio domingo (21) de inverno para acompanhar a equipe na “matinê” contra a Chapecoense, saiu do Mineirão com a sensação que o time celeste não acordou para entrar em campo. Apática e abaixo da critica, a Raposa foi superada pelos catarinenses por 1 a 0 e viu o G-4 se distanciar novamente.

Foi um balde de água fria para a equipe estrelada, após três vitórias seguidas desde a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo, que amargou sua primeira derrota no clube. O resultado gerou uma insatisfação intensa da China Azul, que não poupou protestou contra o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, aos gritos de “queremos jogador”.

Camilo, de falta, marcou o gol solitário da Chapecoense. Com o placar, o Cruzeiro permanece com dez pontos, agora na 11ª colocação. O resultado expôs ainda a fragilidade do time azul como mandante nesse Brasileirão. Em quatro partidas, foram duas derrotas, um empate e apenas uma vitória, um pífio aproveitamento de 33,3%.

No próximo final de semana, os celestes tentam, ante o Coritiba, fora de casa, a reabilitação no Brasileirão. Já a Chapecoense recebe o Sport, em Chapecó.

O jogo

Quem esperava um Cruzeiro envolvente, sufocando uma retrancada Chapecoense, se enganou. Perdido e sem qualquer criatividade, o Cruzeiro até que começou bem a partida, mas foi dominado pelo adversário no decorrer dos minutos.

O time sofreu muito com a forte marcação da Chapecoense e errou muitos passes, facilitando o contra-ataque do time catarinense, que fazia bem o seu jogo. O excesso de bolas áreas também irritava a China Azul, tendo em vista que Willian, Marquinhos e Leandro Damião não se encontravam na frente. O jovem Allano era o único ponto de desequilíbrio da equipe azul.

Melhor em campo, a Chapecoense foi coroada com o gol de Camilo aos 35 minutos, em boa cobrança de falta, aproveitando falha do goleiro Fábio, que pulou atrasado na bola. No geral, Cruzeiro e Chapecoense protagonizaram um primeiro tempo muito fraco.

Os cruzeirenses reclamaram muito da arbitragem do carioca Pericles Bassols, alegando um pênalti no final da primeira etapa do meia Bruno Silva, que teria cortado a bola com a mão após cruzamento de Allano

Irritado com a postura do time, o técnico Vanderlei Luxemburgo sacou Mayke e Henrique para as entradas de Fabiano e Bruno Edgar.

As mudanças, no entanto, pouco surtiram efeito. Ao contrário, o Cruzeiro voltou pior em campo. Afoito, o time permaneceu apresentando um futebol abaixo da crítica. Era nítida a falta de um meia de criação em campo. A equipe continuava explorando as jogadas pelas laterais, sem sucesso algum. Foram poucas as jogadas envolventes. A Chapecoense, por sua vez, permanecia se defendendo.

No final, o torcedor saiu com a sensação que o time precisa melhorar muito para almejar voos maiores no Brasileirão.

CRUZEIRO 0 X 1 CHAPECOENSE

GOLS: Camilo, aos 35 minutos do primeiro tempo
ARBITRAGEM: Pericles Bassols Pegado Cortez, auxiliado por Luiz Claudio Regazone e Dibert Pedrosa Moises, todos do Rio de Janeiro
CARTÕES AMARELOS: Pará, Henrique, Bruno Edgar, Bruno Rodrigo (Cruzeiro); Gil (Chapecoense)
PÚBLICO: 33.643 pagantes
RENDA: R$ 1.743.925,99
LOCAL: Mineirão

Cruzeiro
Fábio; Mayke (Fabiano), Manoel, Bruno Rodrigo e Pará (Joel); Henrique (Bruno Edgar), Willians, Allano e Marquinhos; Willian e Leandro Damião
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
 
Chapecoense
Danilo; Apodi, Rafael Lima, Vilson e Dener; Elicarlos, Gil (Neném), Bruno Silva, Wagner (Hyoran, depois Cléber Santana) e Camilo; Edmilson
Técnico: Vinícius Eutrópio

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