(AIZAR RALDES)
O Cruzeiro deixou de voltar com três pontos na bagagem. Ao enfrentar a tão temida altitude de Sucre e o Universitario, na noite desta quarta-feira (25), o time estrelado se mostrou afoito e pecou demais nas finalizações, mesmo com o frágil adversário dando espaços. Na parte defensiva, contou com a boa atuação de Fábio, que foi responsável direto para o resultado terminar sem gols. O curioso é que as quatro equipes do Grupo 3 da Libertadores estão empatadas com um ponto. Huracán e Mineros levam a melhor por terem anotado mais gols. Cruzeiro e Universitario voltarão a campo na próxima terça-feira (3). O Sucre visita o Mineros de Guayana, em Puerto Ordaz, na Venezuela. A partida terá pontapé inicial às 18h15 (horário de Brasília). Mais tarde, às 22 horas, a bola rolará no Mineirão para o embate entre o time estrelado e o Huracán. VELOCIDADE SEM RAZÃO A altitude sempre foi uma vilã dos brasileiros na Copa Libertadores. Com o ar rarefeito, não é incomum ver atletas reclamando da dificuldade de se respirar enquanto a bola rola. Talvez por isso, se esperava que o Cruzeiro cadenciasse o primeiro tempo, para conseguir suportar os efeitos da mudança. O que não ocorreu. Durante os primeiros 45 minutos, o time estrelado tentou impor seu jogo, com passes rápidos em profundidade buscando, principalmente, Marquinhos e Willian. A postura, entretanto, não deu certo. O time estrelado abusou dos lançamentos errados ao longo do primeiro tempo, o que dificultou a criação. Tanto que o Cruzeiro só teve uma grande chance de gol, aos 17 minutos, quando Willian recebeu na esquerda e centrou a bola tentando achar Leandro Damião. O centrovante, entretanto, chegou um pouco atrasado e não conseguiu concluir para a meta livre. Fraco tecnicamente, o time boliviano só equilibrou as ações graças à vantagem física de estar adaptado à altitude. O placar zerado ao final do primeiro tempo não foi à toa. PRECIPITAÇÃO A etapa complementar trouxe mais emoções para os torcedores. Porém, lembrou um pouco o período anterior, uma vez que os dois lados correram muito, mas pouco pensaram. O Cruzeiro, por exemplo, achou várias brechas na defesa boliviana e teve boas investidas. Entretanto, Marquinhos e Willian, que atuavam como ponteiros, deixaram ao desejar. Quando tinham o poder da bola, finalizaram de qualquer forma. Uma precipitação desnecessária. No lado defensivo, o time estrelado teve que contar com os milagres de Fábio. Agora segundo jogador que mais vezes vestiu a camisa estrelada, em 611 oportunidades, o arqueiro teve de ser decisivo novamente. Aos 14 minutos, o arqueiro se esticou para salvar a finalização de Castro. Aos 24, mandou para escanteio um venenoso chute de Bejarano. O panorama não mudou muito nos minutos que faltavam para o apito final. O Cruzeiro não jogou mal. Muito pelo contrário. Entretanto, deixou a sensação de que poderia voltar da Bolívia com os três pontos na bagagem. O QUE LEMBRAR: Da marca alcançada por Fábio. O arqueiro se tornou o segundo jogador com mais partidas disputadas na história do Cruzeiro: são 611 jogos. Zé Carlos, que defendeu o clube estrelado nas décadas de 1960 e 1970, disputou 633 partidas e segue como o recordista. O QUE ESQUECER: Da expulsão infantil de Joel. No campo de ataque, em um lance isolado, o atacante deu um carrinho com os dois pés juntos no adversário. Completamente desnecessário. O DESTAQUE: Fábio, com dois milagres. FICHA TÉCNICA: UNIVERSITARIO DE SUCRE 0 X 0 CRUZEIRO SUCRE: Robles, Carlos Camacho, Ignacio Gonzáles, Ezequiel Filipetto, Ramiro Ballivián; Rolando Ribera (Mercado), Federico Silvestre (Urdininea), Rubén Cuesta, Alejandro Bejarano e Castro; Martín Palavicini. TÉCNICO: Julio César Baldivieso CRUZEIRO: Fábio; Fabiano, Léo, Paulo André, Mena; Willian Farias (Willians), Henrique; Marquinhos, De Arrascaeta (Judivan) e Willian (Joel); Leandro Damião. TÉCNICO: Marcelo Oliveira DATA: 25 de fevereiro de 2015 MOTIVO: Jogo válido pela segunda rodada do Grupo 3 da Copa Libertadores ESTÁDIO: Olímpico Pátria LOCAL: Sucre (Bolívia) ÁRBITRO: Omar Ponce (EQU). AUXILIARES: Carlos Herrera (EQU) e Luis Vera (EQU). CARTÕES AMARELOS: Willian Farias (Cruzeiro); Gonzáles (Sucre) CARTÃO VERMELHO: Joel (Cruzeiro)