As estatísticas confirmam a principal preocupação da torcida celeste. A queda de rendimento do Cruzeiro após o bicampeonato nacional deve-se especialmente à seca no ataque. Mesmo com uma das defesas menos vazadas, a Raposa amarga uma posição incômoda no Brasileirão. Com 13 gols em 15 rodadas, a equipe nunca teve um aproveitamento tão ruim no setor ofensivo na era dos pontos corridos.
Desde a mudança na fórmula de disputa, em 2003, o pior índice havia sido registrado em 2009, com 15 tentos anotados. Naquele ano, o Cruzeiro havia iniciado a campanha com atenções divididas, uma vez que chegou à decisão da Copa Libertadores.
Já os melhores inícios do ataque estrelado no Brasi-leirão foram em 2003 (ano no qual conquistou o título), e em 2007, com 33 gols em 15 partidas – uma média de 2,2 gols por jogo.
Nos dois últimos anos, as redes adversárias também balançaram muitas vezes: 31 e 32, respectivamente. “A gente sabe que, para sair com a vitória, temos que fazer gols. A gente está trabalhando para isso. Quando sair um ou dois, vão sair outros naturalmente”, comenta o atacante Vinícius Araújo, mais novo titular do setor.
“Agora, o ataque não esta fazendo gol. Daqui a pouco, o ataque vai voltar a fazer, mas vão falar que a bola parada não está saindo. Então, são detalhes que precisamos arrumar. Quando aparecer a oportunidade, é fazer o gol, que pode ser o que vai decidir a partida”, acrescenta.
E o Cruzeiro sabe muito bem disso. Já perdeu sete partidas pelo placar mínimo de 1 a 0. Em busca da vitória para reagir na competição, o atacante entende a cobrança dos torcedores. “Estamos tentando, dando o nosso melhor. Sabemos que falta algo, temos que buscar a pecinha que está faltando para conseguir fazer os gols e sair com as vitórias”, conclui.
Observando o baixo rendimento ofensivo, o técnico Vanderlei Luxemburgo testou variações no ataque. No setor ofensivo, Leandro Damião, por exemplo, marcou dois gols. Marquinhos, Marinho e Joel fizeram um, cada. Willian e Vinícius Araújo ainda não marcaram no Brasileiro. Os armadores Marcos Vinícius, Gabriel Xavier e Arrascaeta também balançaram as redes em uma oportunidade.
Defesa vai bem
Se o ataque não está funcionando, a zaga está no “G-4” do Brasileiro. Ao lado da do rival Atlético, a defesa celeste é a menos vazadas da competição, com 13 gols sofridos.
Na frente dos rivais mineiros estão apenas o Corinthians, com nove gols sofridos, e Palmeiras, com 11. A diferença é que, junto com o Galo, os dois paulistas estão na parte de cima da tabela.
Preparação
Nesta quarta-feira (29), os titulares do Cruzeiro fizeram um trabalho físico com corridas em torno do gramado e depois foram para a academia. Os reservas foram a campo e participaram de um treino técnico. Nesta quinta-feira, Luxemburgo deverá comandar um coletivo e mostrar quem enfrentará o Sport no próximo domingo, às 18h30, na Arena Pernambuco, pela 16ª rodada do Brasileirão.
O lateral-esquerdo Fabrício, suspenso pelo terceiro amarelo, deverá ser substituído por Mena. O lateral-direito Mayke volta ao time titular na vaga de Ceará, que se lesionou.