De cabeça, Léo define clássico mineiro a favor do Cruzeiro

Vinícius Las Casas - Hoje em Dia
09/02/2014 às 18:57.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:54

(André Brant)

Antes da partida começar quem poderia imaginar que o zagueiro Léo seria o nome do clássico entre Cruzeiro e América? O defensor anotou em duas ocasiões, ambas usando a cabeça, e definiu a partida a favor dos celestes. A Raposa venceu por 2 a 0, neste domingo, no Mineirão, e retornou ao topo do Campeonato Mineiro, com dez pontos. O Coelho, com apenas dois pontos, amarga a décima primeira posição.

O JOGO

Cruzeiro e América pisaram no Mineirão sob um forte calor para o primeiro clássico mineiro de 2014. A Raposa, atuando em casa, tomou as rédeas do jogo logo desde os primeiros minutos. Com Mayke pela direita, os cruzeirenses forçavam as melhores jogadas. O jovem lateral demonstrava enorme vigor físico e assustava a zaga americana com seus cruzamentos. Em um deles, aos 12 minutos, a bola chegou até Marlone, que desviou para trás. Júlio Baptista, livre, perdeu grande chance já dentro da pequena área.

O domínio cruzeirense seguia, mesmo os celestes atuando com o time considerado reserva. Aos 18, o goleiro Matheus teve que trabalhar em um chute de longe do volante Tinga. No rebote, Marlone tentou marcar, mas teve o chute travado pelos defensores. Aos 21, mais uma bela defesa do camisa 1 americano. Willian fez linda jogada pela esquerda e mandou a bola na cabeça de Júlio Baptista, que testou com violência, obrigando Matheus a realizar intervenção salvadora. Aos 23, o Coelho teve a sua primeira e valiosa chance. O zagueiro César Lucena recebeu bola desmarcado, mas chutou torto e sem direção.

O domínio azul celeste se transformou em vantagem aos 31 minutos e pelo alto. Willian cobrou falta na esquerda em direção ao segundo poste, Léo subiu mais alto que toda a defesa alviverde e desviou para o cantinho do goleiro Matheus, que, desta feita, não conseguiu impedir que a bola balançasse suas redes. As 34, a trave evitou que o placar fosse ampliado. Marlone fez grande jogada e deixou Willian livre, mas o atacante finalizou no poste esquerdo.

Aos 42, a Raposa aumentou a sua vantagem e em jogada semelhante ao do primeiro tento. Willian levantou bola na área e Léo, na segunda trave, se adiantou ao goleiro Matheus e mandou para o fundo das redes. No lance, o jogador celeste recebeu um soco do camisa 1 americano, que tentava cortar a bola, e sequer pôde comemorar o seu gol.

ETAPA FINAL

O segundo tempo começou com uma atuação mais paciente dos celestes, que não demonstravam todo o vigor ofensivo apresentado na primeira etap. O América, por sua vez, seguia apático e não conseguia incomodar a defesa estrelada. Com uniforme branco, Fábio pouco sujava a camisa.

Com a Raposa menos ofensiva, o jogo perdia em lances de emoção. Os celestes, bem postados defensivamente, não sofriam muito e, nas poucas chances criadas pelo Coelho, a bola parava na defesa ou nas mãos de Fábio. O Cruzeiro parecia apostar mais nos contragolpes e, por isso, não chegava com tanto perigo. Os melhores lances cruzeirenses resultaram em boas defesas de Matheus, com Tinga e Júlio Baptista, mas ambos estavam impedidos, anulando a jogada.

Com o jogo debaixo do braço, o Cruzeiro pode abrir mão dos jovens talentos que foram revelados pelo clube. O volante Eurico e os meias Alison e Élber receberam chances no duelo. O último, inclusive, mostrou serviço e colocou o goleiro Matheus para trabalhar em algumas ocasiões.

Com o fim da partida e a vitória cruzeirense o que era cantado no início do ano ficou evidente: o elenco da Raposa é um dos melhores (quiçá o melhor) do Brasil. 

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