Derrotados lutando, espartanos viram exemplo na Raposa

Pedro Artur - Hoje em Dia
Publicado em 17/05/2013 às 08:16.Atualizado em 21/11/2021 às 03:45.

A quinta-feira do Cruzeiro foi de apoio ao time. Do lado de fora da Toca da Raposa, cerca de cem torcedores incentivavam os comandados de Marcelo Oliveira. Dentro do centro de treinamentos, antes de irem ao campo, os jogadores ouviram o presidente Gilvan de Pinho Tavares. O problema é que a mensagem guardada por um dos líderes do grupo, o volante Nilton, é de uma passagem histórica que termina com uma derrota honrosa.

Questionado sobre as palavras do dirigente, Nilton garantiu que todo tipo de apoio é válido. E revelou que aquilo que mais lhe marcou na conversa com Gilvan foi o exemplo da Batalha dos 300 de Esparta contra as forças do Império Persa. Acontecido em cerca de 480 a. C., o episódio refere-se à luta heroica dos espartanos, que acabaram derrotados pelos persas, que conseguiram invadir a Grécia.

O exemplo do dirigente parece ser a tônica da preparação cruzeirense. O objetivo é golear o Atlético, melhor time do continente na atualidade, para ficar com o Campeonato Mineiro no domingo. Mas isso não tira a certeza de que a tarefa é muito difícil.

De toda forma, ao menos vencer a partida aparece como uma obrigação para o Cruzeiro, até para que o time, muito reforçado na temporada, não entre no Campeonato Brasileiro sob a desconfiança da torcida.

Torcida que, assim como vem acontecendo nos últimos tempos, seja para apoiar ou protestar, ficou do lado de fora da Toca da Raposa ontem. O máximo que o grupo teve autorização para fazer foi colocar faixas de incentivo nas cercas do gramado, com mensagens como: “Onze guerreiros em campo e 8 milhões torcendo por vocês” e “joguem por nós, que cantaremos para vocês.” Segundo o supervisor Benecy Queiroz, a manifestação foi repassada aos jogadores.

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