Gabriel, o Pensador. Assim é conhecido o rapper carioca que agencia jogadores e ajudou a trazer um reforço para o Cruzeiro em 2015. Mas o adjetivo do artista pode cair bem no próprio cliente. Gabriel Xavier, em duas jogadas contra o Universitario de Sucre, na terça-feira, pela Libertadores, quase marcou um golaço, incendiou o jogo e empolgou a torcida. O reconhecimento veio com o seu nome cantado nas arquibancadas do Mineirão.

Enquanto a China Azul cobra da diretoria um “camisa 10”, o paulista pode ser a solução interna. Sobre a preferência de posicionamento tático, ele não se intimida e mostra disponibilidade à vaga de principal armador celeste, com Arrascaeta.

“O Arrascaeta é um grande jogador e seria uma honra atuar ao lado dele. Gosto de jogar centralizado, armando o jogo, com a bola dominada. Mas também não tenho problema em atuar pelas pontas”, comenta Gabriel Xavier, em entrevista ao Hoje em Dia.

Aos 21 anos, o atleta deixou a Portuguesa durante batalha judicial para tentar despontar de vez no futebol brasileiro pelo clube celeste. Meia-atacante de velocidade, dribles curtos e chute forte com a canhota, o paulista foi uma aposta mais da diretoria. Mesmo assim, conseguiu ser um dos 30 inscritos na Libertadores e, aos poucos, começa a agradar o técnico Marcelo Oliveira.

“Tenho uma relação muito tranquila com o Marcelo. Ele entendeu que eu precisava de um tempo maior para aprimorar a forma física, por ter sido um dos últimos a chegar. Sei que tenho de ter paciência para conquistar meu espaço. Estou me adaptando à filosofia de trabalho do treinador”, explica o jogador.

Só banco

Gabriel já disputou sete partidas pela Raposa, nenhuma como titular. São 176 minutos em campo, 25 de média, o que não dá dois jogos completos. Substituiu Willian três vezes, Judivan duas, Arrascaeta e Willians uma vez. Portanto, a primeira chance no time titular é o objetivo principal do camisa 18.

“Time vencedor tem que produzir uma disputa saudável pela titularidade. Acredito que estou no caminho certo”, avalia.