Gestor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, o empresário Pedro Lourenço soltou o verbo e abriu o jogo sobre bastidores do clube. Contratações, patrocínios e até salários de dirigentes foram revelados em recente entrevista à Rádio Band, de São Paulo.
Sobre reforços, Pedro revelou que o time ainda vai procurar dois nomes para a próxima janela e que a análise dos reforços será feita pelos dirigentes do clube, não pelo treinador. Até o momento, o Cruzeiro anunciou as contratações de Cássio, Kaio Jorge e Lautaro Diaz.
“Mais um zagueiro e um meio de campo para reforçar o meio. Já foi falado no Brasil também, um menino que é verdade, estamos tentando trazer para o Cruzeiro”, revelou em entrevista à Band.
“Falei com o Seabra: ‘Você vai ser o técnico dos jogadores que a gente achar que são bons, que tem dedicação. Eu não vou trazer um jogador que o técnico quer’. O técnico tem que dirigir os jogadores que a gente acha que tem condição de jogar no Cruzeiro. Depois, eles vão embora, e a gente fica com a batata quente aí", complementou.
Pensando também no dinheiro que entra para o clube, o gestor revelou que o patrocínio com a atual empresa que estampa a marca no espaço principal da camisa celeste se encerra no fim do ano e que outras propostas estão sendo analisadas.
“O nosso comercial não vendia um patrocínio. Hoje, a camisa está cheia. Tenho muitas propostas para patrocínio. A Betfair vence no final do ano, mas tenho mais cinco ‘bets’ que querem patrocinar”, revelou Pedro.
Pedro Lourenço também revelou que o salário de Gabriel Lima, CEO do clube, e que pode estar de saída, é de mais de R$ 150 mil. Além das cifras expostas, Pedrinho contou que decidiu demitir Marco Farah, ex-diretor de marketing, por ele ter usado dinheiro do clube para comparecer à final da Champions League.
“Eu trabalho na minha empresa e tenho a retirada de R$ 200 mil. Jogador quer ganhar R$ 2 milhões. Por exemplo, o CEO do Ronaldo aqui no Cruzeiro ganha R$ 150 mil. Eu tenho a retirada na empresa e o cara ganha mais do que eu”, declarou.
“Eu deixei de ir na final da Champions League por causa dos compromissos. Fui procurar o diretor de marketing no Cruzeiro, o cara estava dentro do avião, em São Paulo, para ir para a Champions League. Para o Cruzeiro pagar. Eu disse: ‘se for (à final), está demitido’. Pronto. É assim que funciona. Eles não têm muita responsabilidade com isso não e vou tentar equalizar isso”, revelou.
Na noite dessa quarta-feira (12), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a venda de 90% da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro da Tara Sports, de Ronaldo, para BPW Sports, de Pedro Lourenço.
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