A juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, prorrogou em 180 dias o prazo de recuperação judicial do Cruzeiro e também optou por não transformar o processo como falência, evitando o encerramento das atividades do clube.
A prorrogação da recuperação judicial é importante para o Cruzeiro pois evita que o clube sofra penhoras e bloqueios por parte de credores no período. Isso acontece para que a empresa não seja sufocada por dívidas e tenha tempo para negociar acordos com esses credores.
Na decisão, a juíza destacou que o Cruzeiro atrasou o envio da lista de credores, mas, mesmo fora do prazo, a justiça concedeu ao clube seguir com o processo. Através desta lista, a Raposa tentou marcar uma assembleia para negociar as dívidas, mas alguns credores apontaram irregularidades, o que inviabilizou a reunião.
A justiça ainda indeferiu o pedido de transformar o caso de recuperação judicial para falência, o que acarretaria em colocar todos os bens do clube em leilão, obrigando assim o encerramento das atividades da entidade.
A recuperação judicial foi o melhor passo encontrado pelo Cruzeiro para tentar equacionar uma dívida passiva de mais de R$ 500 milhões. As negociações entre a instituição e os credores ainda seguem sem definição. Caso a recuperação não seja concluída nos 180 dias previstos pela decisão, a Raposa passará a poder sofrer sanções como penhoras, bloqueios e execuções.
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