Diário de um vencedor

Nikão relembra o sonho de vestir a camisa do Cruzeiro, cuidados da avó e a volta do fundo do poço

Paulo Duarte
plima@hojeemdia.com.br
Publicado em 01/01/2023 às 12:01.

(Marco A. Ferraz / Cruzeiro)

Pouco mais de 10 dias no Cruzeiro e o meia Nikão já não vê a hora de entrar em campo com a camisa celeste. O jogador não vê a hora do encontro com a torcida. “Tô muito ansioso e querendo encontrar eles no Mineirão, cantando e vibrando junto. Pode ter certeza que será mais um torcedor dentro de campo”, disse o meia.

Cruzeirense apaixonado, Nikão guarda na memória boas lembranças da época em que, menino, comemorava as conquistas da Raposa.

“Quem vive perto de mim e quem está perto de mim sabe do amor que tenho por esse clube, do quanto esse clube fez parte da minha vida. Poder ver o Cruzeiro ganhando títulos e correndo na rua comemorando, vibrando, gritando, principalmente com aquele timaço da tríplice coroa”, revelou o jogador. 

Para quem estava acostumado com vitórias, ver a queda do Cruzeiro para a série B mexeu com Nikão. Assim, a torcida pela recuperação e de um dia poder contribuir dentro de campo era um objetivo do meia. “Eu sempre disse que antes de encerrar minha carreira eu vestiria essa camisa e hoje esse sonho está se concretizando”, disse.

Base na família

Quando o assunto é família, Nikão não mede esforços para agradecer os cuidados da avó Rita. A referência do jogador, faleceu em 2008, quando ele tinha 16 anos. 

“Minha avó Rita era a minha principal referência. Ela cuidou de mim, junto com a minha tia Zélia. Em casa tinha um telefone fixo e quando eu ligava, vinha a conta no final do mês e a minha vozinha, com muito esforço pagava. E de vez em quando eu apanhava um pouquinho porque eu só queria ficar jogando bola”, sorriu.

Quem também tem papel fundamental na vida do jogador é a esposa Izabela Cruz,  casada com Nikão desde 2015. Evangélica, Izabela viu de perto o meia parar no fundo do poço com envolvimentos de álcool e noitadas, mas nunca perdeu a esperança de que ele daria a volta por cima. O que aconteceu em meados de 2015, quando ele atuava pelo Athletico Paranaense.

(Reprodução / Youtube Cruzeiro)

“Eu conheci a minha esposa, estava perdido, desacreditado e hoje eu tô aqui num clube desse tamanho. Ela sabe o quanto diferença ele fez para que eu pudesse tá aqui. E Deus me abençoou porque mesmo minha esposa não podendo gerar filhos, Deus nos deu dois milagres que é Thiago Vinícius (em homenagem ao irmão falecido) e o João Gabriel”, contou.

(Reprodução / Instagram Nikão)

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